Detalhes bibliográficos
Ano de defesa: |
2022 |
Autor(a) principal: |
Soriano, Fernanda Dias Ferraz |
Orientador(a): |
Não Informado pela instituição |
Banca de defesa: |
Não Informado pela instituição |
Tipo de documento: |
Dissertação
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Tipo de acesso: |
Acesso aberto |
Idioma: |
por |
Instituição de defesa: |
Universidade Estadual Paulista (Unesp)
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Programa de Pós-Graduação: |
Não Informado pela instituição
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Departamento: |
Não Informado pela instituição
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País: |
Não Informado pela instituição
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Palavras-chave em Português: |
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Link de acesso: |
http://hdl.handle.net/11449/217874
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Resumo: |
A literatura aponta para o aumento de matrículas de crianças com TEA no ensino regular, no entanto, evidencia lacunas nas formações dos professores para atuarem com esse público, o que influência em suas práticas pedagógicas frente à inclusão desta criança na Educação Infantil. Partindo desse pressuposto, o objetivo geral deste estudo foi identificar a Autoeficácia e a percepção de professores de Educação Infantil sobre sua formação e atuação com crianças com TEA. Especificamente objetivou-se: caracterizar os professores de Educação Infantil de um município do interior paulista; analisar a percepção desse professor a respeito dos comportamentos e inclusão da criança com TEA; identificar, segundo a percepção dos professores, quais os domínios teóricos e práticos que atendem às especificidades da criança com TEA; identificar a interdependência entre: o tempo de experiência profissional e a Autoeficácia para atender as especificidades da criança com TEA; entre a formação inicial e continuada do professor e a Autoeficácia para atuar com a criança com TEA; entre experiências prévias com a criança com TEA e a Autoeficácia para atender as especificidades dessa criança. Este estudo caracteriza-se como transversal, descritivo e correlacional-causal. A coleta de dados foi realizada virtualmente, participaram deste estudo 128 professores de Educação Infantil. Os instrumentos utilizados foram: questionário “Percepção dos professores sobre a formação e atuação com crianças com Transtorno do Espectro Autista”, e a Escala de Avaliação de Autoeficácia de Professores com Autismo (Autism Self-Efficacy Scale For Teachers – ASSET). Estes foram encaminhados aos participantes pelo Google Forms, pois devido à pandemia da Covid 19, não houve a possibilidade de aplicá-los presencialmente. Para a análise dos dados realizou-se a tabulação em uma planilha do Microsoft Excel, estes foram organizados de acordo com a pontuação obtida em cada variável avaliada e foi realizada a análise estatística descritiva e correlacional dos dados. Os resultados apontaram que 61,7% dos professores já trabalharam com criança com TEA, porém estes sentem-se desafiados em realizar um trabalho de qualidade com essas crianças devido à fragilidade na formação inicial e continuada, mas compreendem que as formações contribuem para o trabalho realizado com esse público. Apenas 46,1% dos professores concordaram que buscam formações necessárias na área do TEA. Os docentes apontaram que as experiências com a criança com TEA foram muito desafiadoras, pois além das lacunas formativas, encontraram dificuldades com os familiares, número excessivo de alunos na sala, falta de estrutura e apoio humano no contexto escolar. Os professores apresentaram baixa Autoeficácia sobre sua atuação com essa criança, pois de acordo com os dados da Escala ASSET, 79% identificaram desafios para realizar um trabalho com a criança com TEA. As experiências prévias e o tempo de atuação docente foram variáveis importantes relacionadas à Autoeficácia na presente pesquisa. Conclui-se que existe a necessidade de políticas públicas direcionadas para melhorias na estrutura física e humana das escolas, e investimentos na formação de professores da Educação Infantil, a fim de que estes enfrentem os desafios em relação à inclusão de crianças com TEA e garantam o acesso destas ao currículo, assim como previsto nas DCNEI. |