Identidade e cultura dos discentes indígenas Akwẽ-Xerente na UFT Câmpus de Miracema

Detalhes bibliográficos
Ano de defesa: 2019
Autor(a) principal: Costa, Silvia Regina da Silva [UNESP]
Orientador(a): Não Informado pela instituição
Banca de defesa: Não Informado pela instituição
Tipo de documento: Tese
Tipo de acesso: Acesso aberto
Idioma: por
Instituição de defesa: Universidade Estadual Paulista (Unesp)
Programa de Pós-Graduação: Não Informado pela instituição
Departamento: Não Informado pela instituição
País: Não Informado pela instituição
Palavras-chave em Português:
Link de acesso: http://hdl.handle.net/11449/191463
Resumo: Esta tese foi desenvolvida a partir dos pressupostos da pesquisa qualitativa e participativa. Tem como objeto de estudo a identidade cultural dos discentes indígenas da UFT do Câmpus de Miracema, especificamente acerca da identidade cultural do povo Akwẽ-Xerente. Os espaços da pesquisa foram constituídos pela Aldeia Porteira e pelo Câmpus da UFT de Miracema, com discentes indígenas do povo Xerente, com os moradores da aldeia, docentes do câmpus. Foram estabelecidas “conversas narrativas” entre a pesquisadora e tais sujeitos da pesquisa. Foi utilizada outra técnica de pesquisa desenvolvida por intermédio das escritas do diário de campo. Tem-se como objetivo geral: investigar quais os elementos originários da cultura Akwẽ-Xerente que contribuem para a permanência e o fortalecimento da identidade dos estudantes indígenas Akwẽ no ensino superior. Os resultados indicaram que as identidades culturais dos discentes indígenas Akwẽ-Xerente são constituídas fortemente pelo sentimento de pertencimento e por um somatório de itens, tais como: língua materna Akwẽ, pinturas corporais clânicas, sociedade dual, partidos de toras, culinária, casas e demais construções, união e fortalecimento dos clãs pelo casamento indígena, da sapiência pela oralidade dos anciãos, dentre outros. Infelizmente a diversidade presente no povo Xerente não tem sido respeitada no ambiente universitário da UFT e pontos básicos de diferenciação, como o próprio trajeto da aldeia à universidade é desconsiderado pelos docentes e pela própria instituição como um todo. A oralidade é ignorada na mesma proporção, sendo os discentes indígenas Akwẽ avaliados da mesma maneira que os demais. Tal padrão imposto pela instituição educacional é o de que ainda não consegue pensar na diversidade que se encontra dentro dos espaços educacionais universitários dos seus sete câmpus espalhados por todo estado do Tocantins e opta por continuar a seguir o padrão colonizador, homogeneizador e massificador encontrado no interior educacional institucional. Tais medidas dificultam a permanência dos estudantes indígenas Akwẽ dentro da UFT, pois apenas a garantia da entrada pelas cotas não faz com que os alunos indígenas se formem nas graduações e tenham a possibilidade de cursar uma pós-graduação.