Alterações cromossômicas em células uroteliais esfoliadas de pacientes com história de carcinoma de células transicionais

Detalhes bibliográficos
Ano de defesa: 2007
Autor(a) principal: Marcondes, João Paulo De Castro [UNESP]
Orientador(a): Não Informado pela instituição
Banca de defesa: Não Informado pela instituição
Tipo de documento: Dissertação
Tipo de acesso: Acesso aberto
Idioma: por
Instituição de defesa: Universidade Estadual Paulista (Unesp)
Programa de Pós-Graduação: Não Informado pela instituição
Departamento: Não Informado pela instituição
País: Não Informado pela instituição
Palavras-chave em Português:
Link de acesso: http://hdl.handle.net/11449/95908
Resumo: O carcinoma de células transicionais (CCT) da bexiga possui como principal característica o alto índice de recorrência (70% dos carcinomas superficiais). Desta forma, é necessário acompanhar rigorosa e periodicamente os pacientes acometidos por tal neoplasia, bem como empregar técnicas sensíveis para a detecção precoce da doença, tanto em pacientes submetidos à ressecção do tumor de bexiga, quanto em pacientes considerados como grupo de risco para o desenvolvimento do CCT. O presente estudo tem por objetivo utilizar o teste do micronúcleo como ferramenta para a avaliação de danos cromossômicos em células uroteliais obtidas por lavado vesical de pacientes com história de CCT. A freqüência de células uroteliais micronucleadas foi avaliada em 77 pacientes (não tabagistas, tabagistas atuais e ex-tabagistas) sem ou com história de CCT, mas com diagnóstico atual negativo para neoplasia. Foi detectado aumento significativo (P=0,003) de células micronucleadas somente nos pacientes não fumantes e com história de CCT, quando comparados aos indivíduos do grupo controle (não fumantes e sem história de CCT). Não foram detectados efeitos do tabagismo na freqüência de células micronucleadas, e nem associação desse hábito com o grau do tumor. Concluindo, indivíduos não tabagistas com história de neoplasia urotelial apresentaram freqüência aumentada de micronúcleos em células esfoliadas da bexiga, mesmo após a ressecção do tumor. Portanto, o epitélio citologicamente normal da bexiga de indivíduos com história de CCT, pode apresentar células geneticamente instáveis, que poderiam conferir um risco aumentado para desenvolvimento neoplásico.