Entre silenciamentos e apagamentos: ecos do estudo da história e cultura afro-brasileira e indígena nos cursos de Física da UNESP
Ano de defesa: | 2024 |
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Autor(a) principal: | |
Orientador(a): | |
Banca de defesa: | |
Tipo de documento: | Dissertação |
Tipo de acesso: | Acesso aberto |
Idioma: | por |
Instituição de defesa: |
Universidade Estadual Paulista (Unesp)
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Programa de Pós-Graduação: |
Não Informado pela instituição
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Departamento: |
Não Informado pela instituição
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País: |
Não Informado pela instituição
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Palavras-chave em Português: | |
Link de acesso: | https://hdl.handle.net/11449/257454 https://lattes.cnpq.br/0886841331721002 https://orcid.org/0000-0002-9491-7009 |
Resumo: | A principal intenção dos argumentos apresentados nesta pesquisa é sublinhar uma perspectiva de formação de professores que possibilite romper com processos formativos hegemônicos. Esse tipo de formação caracteriza-se pela (des)formação, pensado a partir da lógica do sistema mundo europeu/euro-norte-americano moderno/capitalista/colonial/patriarcal e que, por sua vez, nutre processos formativos por meio da tecnificação, do individualismo, da racialização, do sonambulismo intelectual, da desumanização, da sobrecarga de trabalho, do silenciamento e da desvalorização da profissão. Neste caso, nega-se e, ao mesmo tempo, elimina-se os diferentes conhecimentos, subjetividades, territórios e povos. Ao admitir a interculturalidade crítica como pressuposto fundante, questiona-se os processos históricos e, consequentemente, busca-se reassumir a possibilidade de (re)pensar e instituir outros processos formativos que tenham a diferença colonial como ponto de partida. Trata-se de uma pesquisa que se configura como qualitativa e de natureza básica, que procurou explorar e compreender a circulação da história e cultura afro-brasileira e indígena nos cursos de Física por meio de procedimentos documentais. Nela foram analisados documentos, tais como os planos de ensino das disciplinas e os Projetos Políticos-Pedagógicos – PPP, de seis cursos de Licenciatura em Física, da Universidade Estadual Paulista – UNESP, campus de Bauru-SP, Guaratinguetá-SP, Ilha Solteira-SP, Presidente Prudente-SP, Rio Claro-SP e São José do Rio Preto-SP, de modo que fosse possível fomentar o debate acerca das histórias e culturas afro-brasileiras e indígenas no âmbito da formação inicial de professores de Física, como forma de articular essa temática no ensino de Física. Adotou-se o referencial teórico-analítico da Análise Textual Discursiva – ATD para tentar compreender o cenário investigativo. Nesse sentido, a partir das análises foi possível perceber a diminuta circulação das histórias e culturas dos afro-brasileiros e indígenas nos PPP e nos planos de ensino, sendo um dos aspectos que precisam ser mais bem explorados. E, portanto, por mais que em alguns casos a temática faça parte e perpasse pelo processo formativo dos futuros professores, é tempo da Universidade, dos cursos e dos formadores de professores desses cursos (re)assumirem o compromisso com a formação inicial de professores de Física e, com isso, realizarem autoavaliação dos processos formativos oferecidos por esses cursos, destacando a importância de assegurar que os licenciandos possam constituir experiências formativas à medida que constroem suas identidades e, por conseguinte, que tenham condições de fazer as histórias e as culturas afro-brasileiras e indígenas circularem na educação básica, em função do que preconiza o Art. 26-A da LDB (Brasil, 1996), a partir do ensino de Física |