Evapotranspiração e eficiência fotossintética em crambe sob estresse hídrico

Detalhes bibliográficos
Ano de defesa: 2017
Autor(a) principal: Soares, Cristiana Araujo [UNESP]
Orientador(a): Não Informado pela instituição
Banca de defesa: Não Informado pela instituição
Tipo de documento: Tese
Tipo de acesso: Acesso aberto
Idioma: por
Instituição de defesa: Universidade Estadual Paulista (Unesp)
Programa de Pós-Graduação: Não Informado pela instituição
Departamento: Não Informado pela instituição
País: Não Informado pela instituição
Palavras-chave em Português:
Link de acesso: http://hdl.handle.net/11449/150595
Resumo: Devido ausência de trabalhos conclusivos sobre a demanda hídrica do crambe, existe a necessidade de investigar o comportamento da cultura frente à variação do armazenamento de água no solo, já que a cultura é cultivada tipicamente em épocas de pouca ocorrência de chuva. Diante disto, este trabalho teve por objetivo mensurar a evapotranspiração do crambe em diferentes níveis de irrigação, sob condições de ambiente protegido, a fim de avaliar sua capacidade de tolerância ao estresse hídrico. O experimento foi conduzido em dois ciclos, sendo o primeiro no período de 31/08/2015 a 12/12/2015 (média de 99 dias) e o segundo de 02/05/2016 a 21/08/2016 (média de 108 dias), desenvolvido no Departamento de Engenharia Rural, pertencente à Faculdade de Ciências Agronômicas (FCA/UNESP) em Botucatu, SP. Utilizou-se o delineamento inteiramente casualizado com quatro repetições e seis níveis de irrigação (excesso 50%, excesso 25%, “CC” vaso, déficit 25%, déficit 50% e déficit 65%), cada unidade experimental foi composta por um vaso com duas plantas. Inseriu-se também um tratamento em “CC” vaso, porém, com a cobertura do solo vedada para isolar o efeito da evaporação, avaliando assim a fração da transpiração na evapotranspiração da cultura. O manejo da irrigação foi realizado através de pesagens diárias mantendo-se a umidade do solo de acordo com cada tratamento aplicado. Foram avaliadas variáveis fenométricas, produtivas, teor de óleo e eficiência fotossintética, sendo os dados submetidos à análise de variância a 5% de probabilidade e ao teste de Tukey para comparação de médias. Nos tratamentos sem estresse hídrico a evapotranspiração no primeiro e segundo ciclo de cultivo foram 511,0 e 354,0 mm, respectivamente. O crambe pode ser classificado como tolerante ao estresse hídrico, por deficiência, pois a aplicação de déficits hídricos de 25 e 50% apresentaram pequenas reduções em suas taxas de evapotranspiração, quando comparado àquele que manteve a umidade do solo sempre na capacidade de campo. Considerando-se conjuntamente as variáveis fenométricas, produtivas e teor de óleo, em ambos os ciclos de cultivo, o tratamento que manteve déficit hídrico de 25% apresentou comportamento similar ao irrigado para atingir a capacidade máxima de retenção de água no solo. As variáveis de eficiência fotossintética demonstram que os déficits hídricos aplicados na cultura do crambe não causaram danos ao processo fotossintético das plantas.