Crianças e músicas como potência de transformação: brincadeira, integração e criação na educação infantil do Colégio Pedro II

Detalhes bibliográficos
Ano de defesa: 2018
Autor(a) principal: Henriques, Wasti Silvério Ciszevski [UNESP]
Orientador(a): Não Informado pela instituição
Banca de defesa: Não Informado pela instituição
Tipo de documento: Tese
Tipo de acesso: Acesso aberto
Idioma: por
Instituição de defesa: Universidade Estadual Paulista (Unesp)
Programa de Pós-Graduação: Não Informado pela instituição
Departamento: Não Informado pela instituição
País: Não Informado pela instituição
Palavras-chave em Português:
Link de acesso: http://hdl.handle.net/11449/153985
Resumo: Diante dos desafios da obrigatoriedade do ensino de música na escola brasileira e da universalização da Educação Infantil, este trabalho visa refletir acerca das crianças e da Música como potência de transformação. A pesquisa é de abordagem qualitativa e configura-se como um estudo de caso, realizado no Centro de Referência em Educação Infantil do Colégio Pedro II, com meninos e meninas de 3 a 6 anos, durante o período de março de 2014 a março de 2017. A partir de uma escuta sensível às vozes infantis, por meio de experiências sonoro-musicais e entrevistas realizadas, denominadas ConversAções, buscou-se investigar como a criança pequena constrói e percebe a Educação Musical no Colégio Pedro II e como se pode construir um projeto artístico educativo COM e A PARTIR dela. As discussões apresentadas foram conduzidas em forma de narrativa e abrigam as ideias musicais infantis de forma viva. O arcabouço teórico foi baseado em fundamentos filosóficos, educacionais, sociológicos e pedagógico-musicais, quais sejam: (a) uma proposta rizomática que construa uma rede de sentidos, com base no pensamento de Deleuze e Guattari; (b) uma escuta sensível à infância, apoiada nos estudos da Sociologia da Infância e na Pedagogia da Escuta das escolas Reggio Emília; (c) uma educação democrática, crítica, libertadora e construída pela comunidade escolar, baseada no pensamento de Paulo Freire e na proposta das escolas Reggio Emília; (d) a compreensão da música como arte, jogo, criação e fator de desenvolvimento humano, apoiada nos estudos da Companhia de Música Teatral – Portugal -, Rodrigues, Koellreutter, Brito, Schafer e Gainza. O diálogo entre a fundamentação teórica adotada e as vozes infantis permitiu a identificação de três bases para a construção e da educação musical da criança pequena em contexto escolar: brincar, integrar e criar. A pesquisa levou à compreensão dos meninos e meninas como sujeitos informantes competentes de pesquisa, copesquisadores, agentes criadores de cultura e coconstrutores da realidade. Por meio de experiências sonoro-musicais, envolvidas em contextos de brincadeira, integração e criação, as crianças transformam a si próprias, o outro, a escola e a sociedade em que estão inseridas. As discussões trazidas revelam a perspectiva de uma educação musical lúdica, integradora, criativa, democrática, social, cultural e humana.