Efeito da emissão de luz com fibra óptica, na cimentação de retentor intrarradicular experimental

Detalhes bibliográficos
Ano de defesa: 2021
Autor(a) principal: Inagati, Cristiane Mayumi [UNESP]
Orientador(a): Não Informado pela instituição
Banca de defesa: Não Informado pela instituição
Tipo de documento: Tese
Tipo de acesso: Acesso aberto
Idioma: por
Instituição de defesa: Universidade Estadual Paulista (Unesp)
Programa de Pós-Graduação: Não Informado pela instituição
Departamento: Não Informado pela instituição
País: Não Informado pela instituição
Palavras-chave em Português:
Link de acesso: http://hdl.handle.net/11449/214409
Resumo: Os fotopolimerizadores vêm sendo utilizados como dispositivos fundamentais na Odontologia para confecção de restaurações. No entanto, a etapa de fotopolimerização da resina composta inadequada pode afetar a união entre o material restaurador e o substrato. No caso dos agentes cimentantes resinosos a dificuldade está na limitação do local de incidência da luz. Em cimentações de retentores intrarradiculares pré-fabricados, normalmente são utilizados os cimentos de ativação química ou dupla ativação, devido a limitações anatômicas. Portanto, o objetivo deste trabalho foi avaliar o efeito da emissão de luz com fibra óptica, na cimentação de retentor intrarradicular experimental capaz de fotoativar em toda a extensão do conduto radicular. No estudo foi confeccionado um protótipo de ponta acessória em fibra óptica para fonte transmissora de luz que acoplado a um aparelho fotoativador (Bluephase, Ivoclar, Brasil) transmite a luz pelo interior do conduto radicular. Desta forma foram confeccionados em parceria com a empresa Angelus, retentores experimentais vazados ao longo dos seus eixos em fibra de vidro parcialmente opacos. Para simulação do conduto radicular foram utilizadas 80 amostras de resina G10 seccionadas no tamanho de 10 mm de largura por 14 mm de altura (n=80). Cada amostra foi perfurada ao centro nas seguintes dimensões: diâmetro de 3,0 mm e 10 mm de altura. Para cimentação dos retentores intrarradiculares foram utilizados cimento resinoso fotoativado ou dual. A fotoativação foi realizada diretamente com a ponta do aparelho fotoativador ou utilizando o dispositivo experimental transmissor de luz. As amostras foram analisadas imediatamente ou após o envelhecimento térmico de 10.000 ciclos. Para análise da resistência de união as amostras foram seccionadas em 3 partes, com 2 mm cada (coronal, média e apical) e submetidas aos testes de resistência de união por push out, seguido da análise estereomicroscópica e análise espectroscópica no infravermelho transformada por Fourier (FT-IR). O dispositivo experimental transmissor de luz foi avaliado quanto a sua irradiância, e esta obteve 50% da energia quando comparada com obtida diretamente da ponteira do fotoativador. Após testes mecânicos, os resultados encontrados foram submetidos aos testes estatísticos, Anova com 3 fatores (cimento x fotoativação x profundidade) e Anova 2 fatores (envelhecimento x cimento), seguida de teste Tukey com nível de significância de 5%. Nos resultados de resistência houve diferença estatística entre os tipos de cimentos, profundidade, fotoativação e interação entre os cimentos e a profundidade, sendo que os grupos cimentados com os cimentos fotoativados e com o dispositivo houve uma maior resistência de união na porção média e apical. Com relação ao grau de conversão houve uma maior conversão e a análise estereomicroscópica apresentou maior falha adesiva na porção apical, independente da realização do envelhecimento. Portanto, a utilização do dispositivo obteve resultados promissores e o retentor intrarradicular experimental contribuiu para aumentar a adesão entre o cimento e o substrato em sua porção mais apical.