Transferência de massa e cinética de liberação de óleo essencial de orégano encapsulado pelos métodos de gelificação iônica e coacervação complexa

Detalhes bibliográficos
Ano de defesa: 2019
Autor(a) principal: Gallo, Thais Cristina Benatti
Orientador(a): Não Informado pela instituição
Banca de defesa: Não Informado pela instituição
Tipo de documento: Dissertação
Tipo de acesso: Acesso aberto
Idioma: por
Instituição de defesa: Universidade Estadual Paulista (Unesp)
Programa de Pós-Graduação: Não Informado pela instituição
Departamento: Não Informado pela instituição
País: Não Informado pela instituição
Palavras-chave em Português:
Link de acesso: http://hdl.handle.net/11449/180940
Resumo: O óleo essencial de orégano é conhecido por suas propriedades antimicrobianas, porém trata-se de uma mistura de compostos voláteis sensíveis à luz, ao oxigênio e à temperatura e que podem ser facilmente degradados. A encapsulação permite a sua proteção, estendendo sua vida útil e promovendo sua liberação controlada. O objetivo deste trabalho foi estudar a influência do método de encapsulação e material de parede e, consequentemente da morfologia das partículas, na cinética de liberação do óleo essencial de orégano em um meio líquido com condições análogas à uma solução de marinação, bem como avaliar se os processos de recobrimento por interação eletrostática com concentrado proteico de soro de leite e liofilização influenciam na liberação do composto ativo. As partículas produzidas por gelificação iônica apresentaram capacidades de carga e retenção entre 64,19 e 78,64 % e 57,58 e 73,26 %, respectivamente, enquanto as partículas produzidas por coacervação complexa apresentaram capacidade de retenção entre 64,58 e 66,12 % e eficiência de encapsulação entre 88,84 e 90,84 %. Enquanto o processo de liofilização diminuiu o diâmetro médio e tornou a superfície das partículas irregulares, acelerando a liberação do óleo, o processo de recobrimento não teve interferência significativa na cinética de liberação. As partículas produzidas por ambos os processos demoraram entre 420 e 660 minutos para liberar 95 % ou mais do óleo retido. Durante o processo de liberação, as amostras não apresentaram dissolução ou erosão, porém as partículas produzidas por gelificação iônica intumesceram e as coacervadas apresentaram redução de seu diâmetro médio. O modelo que melhor se ajustou aos perfis de liberação foi o de Peppas, o qual apresentou coeficiente de determinação (R²) > 0,94, erro residual médio (E) < 10 % e expoente difusional (n) entre 0,29 e 0,33, confirmando que a liberação do óleo essencial de orégano ocorreu, predominantemente, através da difusão de Fick. Os valores de coeficiente de transferência de massa instantâneo (h) variaram entre 0,89  10-8 e 5,06  10-8, mostrando correlação com os perfis de liberação do óleo essencial de orégano.