Apropriação e inserção na contra-arte da geração AI-5

Detalhes bibliográficos
Ano de defesa: 2010
Autor(a) principal: Jesus, Diana Vaz de [UNESP]
Orientador(a): Não Informado pela instituição
Banca de defesa: Não Informado pela instituição
Tipo de documento: Dissertação
Tipo de acesso: Acesso aberto
Idioma: por
Instituição de defesa: Universidade Estadual Paulista (Unesp)
Programa de Pós-Graduação: Não Informado pela instituição
Departamento: Não Informado pela instituição
País: Não Informado pela instituição
Palavras-chave em Português:
Link de acesso: http://hdl.handle.net/11449/86892
Resumo: Este trabalho tem como objeto de pesquisa obras de artistas brasileiros, que nas décadas de 1960 e 1970 produziram seus trabalhos utilizando como procedimento artístico a apropriação e também a (re) inserção de suas obras no cotidiano. Dentre os que mais se destacaram nesta prática no período estudado, selecionaram-se para análise os artistas: Nelson Leirner, Cildo Meireles e Antonio Manuel. Definindo melhor o conceito de apropriação e retomando a história desse procedimento na arte foi possível fazer um levantamento de questões que este tipo de prática aponta e as mudanças de paradigma que ocasionou. Desde os readymades de Duchamp aos détournement dos situacionistas, a prática da apropriação problematizou questões como a autoria do artista e a própria natureza da arte. Como o suporte de tais obras são objetos do cotidiano, foi também analisada a questão do que definiria um objeto apropriado como obra de arte, tendo como base teórica a definição de arte de Arthur C. Danto (A Transfiguração do lugar-comum). Partindo para a arte brasileira, buscaram-se as primeiras manifestações desta prática para verificar sua adaptação aos ideais de arte nacional. Retomando o contexto sócio-políticoeconômico dos anos 1960 e 1970, em particular o período do AI-5, foi possível analisar se tal contexto influenciou na criação das obras dos artistas analisados. Tendo como referência o termo ‘contra-arte’ - cunhado pelo crítico Frederico Morais para referir-se à arte da geração AI-5 - verificou-se que esses artistas somaram a contestação política à contestação da própria arte, residindo neste último seu verdadeiro legado