Associação de obesidade e sedentarismo com a presença das disfunções temporomandibulares dolorosas em adolescentes

• Ano de defesa: 2018
• Autor(a) principal: Ongaro, Paula Cristina Jordani
• Tipo de documento: Tese
• Tipo de acesso: Acesso aberto
• Idioma: por
• Instituição de defesa: Universidade Estadual Paulista (Unesp)
• Palavras-chave em Português: Síndrome da disfunção da articulação temporomandibular; Obesidade; Adolescente; Obesity; Adolescent; Temporomandibular joint dysfunction syndrome
• Link de acesso: http://hdl.handle.net/11449/154928

Objetivo: Obesidade é uma doença crônica e prevalente, atingindo de maneira progressiva crianças e adolescentes. Evidências sugerem que a obesidade está associada com algumas dores crônicas, especialmente as musculoesqueléticas, e que o sedentarismo pode contribuir com essa relação. Dessa forma, o objetivo desse estudo foi avaliar a associação entre a obesidade e o sedentarismo com a presença da Disfunção Temporomandibular (DTM) dolorosa em adolescentes. Métodos: Tratase de um estudo transversal, cuja amostra foi constituída por 690 adolescentes de 12 a 14 anos de escolas públicas e particulares de Araraquara, SP. A DTM foi classificada de acordo com a presença de DTM dolorosa segundo o Research Diagnostic Criteria para Temporomandibular Disorders (RDC/TMD). A obesidade foi determinada por diferentes métodos, incluindo o Índice de Massa Corporal (IMC), o exame de bioimpedância (BIA), as Pregas Cutâneas tricipital (PCT) e subescapular (PCS), e as circunferências do braço (CB) e abdominal (CA). Outras variáveis foram avaliadas através de instrumentos validados incluindo o sedentarismo, presença de cefaleias primárias, distúrbios respiratórios do sono, estágio de maturação sexual e sintomas de depressão. O teste do qui-quadrado ou teste exato de Fisher foram utilizados para estudo das associações de interesse, razão de prevalência (RP) e intervalo de confiança (IC) de 95% foram aplicados. O nível de significância adotado foi de 5%. Resultados: Do total, 389 (56,4%) eram meninas e 112 (16,2%) apresentaram DTM dolorosa. Não houve associação significativa entre a presença de DTM dolorosa e o estado nutricional segundo IMC (p= 0,81), BIA (p= 0,17), PCT (p= 0,17), PCS (p=0,352), CB (p=0,28), CA (meninos Fisher= 0,78, meninas Fisher=1,00) e com o sedentarismo (p=0,942). Conclusão: Obesidade e sedentarismo não estão associados com a presença de DTM dolorosa na amostra de adolescentes avaliada.