Efeito da anestesia com propofol e sevoflurano sobre a bainha do nervo óptico como preditor da pressão intracraniana em cirurgias pélvicas laparoscópicas e robóticas: uma revisão sistemática e metanálise

Detalhes bibliográficos
Ano de defesa: 2022
Autor(a) principal: Bertti, Rodolfo Otávio Tomaz
Orientador(a): Não Informado pela instituição
Banca de defesa: Não Informado pela instituição
Tipo de documento: Tese
Tipo de acesso: Acesso aberto
Idioma: por
Instituição de defesa: Universidade Estadual Paulista (Unesp)
Programa de Pós-Graduação: Não Informado pela instituição
Departamento: Não Informado pela instituição
País: Não Informado pela instituição
Palavras-chave em Português:
Link de acesso: https://hdl.handle.net/11449/255664
Resumo: Introdução: Perante aos avanços das cirúrgicas minimamente invasivas, novos desafios são lançados. As cirurgias laparoscópica pura e robótica envolvem a criação de pneumoperitônio com dióxido de carbono (CO2) para ampliar a visão cirúrgica. E, dependendo da área a ser operada, o posicionamento de Trendelenburg íngreme faz-se necessário. Ambos os fatores podem gerar aumento do diâmetro da bainha do nervo óptico (DBNO) e da pressão intracraniana (PIC) durante o ato operatório. A escolha dos agentes anestésicos pode influenciar a PIC, perioperatoriamente, afetando, assim, o fluxo sanguíneo e a taxa metabólica cerebral. Objetivo: Investigar as diferenças dos anestésicos propofol e sevoflurano sobre o diâmetro da bainha do nervo óptico (DBNO), como preditor indireto da PIC, nas cirurgias pélvicas laparoscópicas e robóticas, em posição de Trendelenburg. Métodos: Pesquisa bibliográfica sistemática foi realizada no período de novembro de 2021 a dezembro de 2022, no intuito de se identificar estudos clínicos prospectivos randomizados. O desfecho primário pesquisado: artigos que avaliassem o DBNO, por meio da ultrassonografia ocular, em pacientes submetidos à anestesia com propofol ou sevoflurano durante cirurgia laparoscópica simples ou robótica na posição de Trendelenburg. Para os dados contínuos foram extraídos média, desvio-padrão (DP) e número de participantes em cada grupo de intervenção dos ensaios incluídos. Diferenças médias (DM) com intervalos de confiança de 95% [ICs] foram calculadas. Resultados: Cinco estudos randomizados controlados, com um total de 277 indivíduos, foram alocados nesta revisão sistemática e metanálise. Em comparação com os valores basais pós-indução anestésica, verificou-se efeito estatisticamente significativo no aumento do DBNO ao se considerar tempo de anestesia de 30 minutos a 180 minutos (p < 0,05), tanto no grupo proprofol quanto no grupo sevoflurano. Ademais, o propofol reduziu a pressão intracraniana ligeiramente quando comparado ao sevoflurano (DM -0,23 mm, IC 95% -0,37 a -0,10; estudos = 5; I2 = 23%). Conclusão: Existem evidências que demonstram, por intermédio da análise ultrassonográfica do diâmetro da bainha do nervo óptico, que o propofol reduz a pressão intracraniana quando comparado ao sevoflurano no cenário das cirurgias pélvicas robótica e laparoscópica pura.