Detalhes bibliográficos
Ano de defesa: |
2024 |
Autor(a) principal: |
Bianchi, Vilma Aparecida [UNESP] |
Orientador(a): |
Não Informado pela instituição |
Banca de defesa: |
Não Informado pela instituição |
Tipo de documento: |
Tese
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Tipo de acesso: |
Acesso aberto |
Idioma: |
por |
Instituição de defesa: |
Universidade Estadual Paulista (Unesp)
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Programa de Pós-Graduação: |
Não Informado pela instituição
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Departamento: |
Não Informado pela instituição
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País: |
Não Informado pela instituição
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Palavras-chave em Português: |
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Link de acesso: |
https://hdl.handle.net/11449/260246
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Resumo: |
O objetivo geral da presente tese consiste em avaliar e compreender o desenvolvimento moral de adolescentes com dotação e talento, verificando se há especificidade no juízo moral desses adolescentes, tais como os ligados à capacidade de compreensão e capacidade dialógica. Trata-se de uma pesquisa exploratória, de abordagem qualitativa e desenvolvida por meio do Método Clínico Piagetiano. A coleta de dados foi realizada mediante entrevistas semiestruturadas com historietas morais, pautadas nos protocolos piagetianos inseridos no livro O Juízo Moral na Criança (Piaget, 1932/1994). O estudo foi realizado no Centro para o Desenvolvimento do Potencial e Talento (CEDET), da cidade de Assis/SP, com dez adolescentes que cursavam o 7º, 8º e 9º ano do Ensino Fundamental. Os resultados indicaram que os adolescentes entrevistados se encontram preponderantemente em semi-autonomia, um momento de transição no qual eles adquirem maior capacidade de compreender ideias abstratas – como justiça, ética e moralidade –, o que lhes permite questionar e desafiar as normas estabelecidas, desenvolvendo maior autonomia em relação a valores e crenças. Sobre o fato de haver alguma especificidade no desenvolvimento do juízo moral de adolescentes dotados e talentosos, não foram encontradas outras, senão o fato de que a capacidade cognitiva avançada pode facilitar o desenvolvimento moral autônomo. Porém, apesar de haver uma relação entre o desenvolvimento cognitivo e o moral, uma vez que são dimensões indissociáveis, a proporcionalidade entre moral e cognição não é determinante, pois a cognição não mantém uma associação direta com o nível de desenvolvimento moral, logo, não é condicionado por este. Assim, reflete-se sobre o fato de que as escolas precisam ser ambientes mais justos no que diz respeito aos valores morais, porque elas raramente oferecem oportunidades que promovem o desenvolvimento da autonomia moral e, em muitos casos, os próprios docentes apresentam fortes indícios de heteronomia. Ademais, como o desenvolvimento moral é um processo que evolui por meio de relações de cooperação, as quais têm como base o respeito mútuo, a igualdade e a reciprocidade, um ambiente cooperativo é imprescindível para o alcance da autonomia. |