Detalhes bibliográficos
Ano de defesa: |
2021 |
Autor(a) principal: |
Cunha, Yuri Kotke [UNESP] |
Orientador(a): |
Não Informado pela instituição |
Banca de defesa: |
Não Informado pela instituição |
Tipo de documento: |
Dissertação
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Tipo de acesso: |
Acesso aberto |
Idioma: |
por |
Instituição de defesa: |
Universidade Estadual Paulista (Unesp)
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Programa de Pós-Graduação: |
Não Informado pela instituição
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Departamento: |
Não Informado pela instituição
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País: |
Não Informado pela instituição
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Palavras-chave em Português: |
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Link de acesso: |
http://hdl.handle.net/11449/213940
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Resumo: |
As terapias corporais no Brasil surgem em meados dos anos 1960 como um modelo alternativo de prática terapêutica, tendo como uma de suas influências principais a “orgonoterapia" de Wilhelm Reich, modelo terapêutico que postulava que “as enfermidades psíquicas são o resultado do caos sexual da sociedade”, advogando, assim, um novo modelo de vivenciar a sexualidade. A presente pesquisa busca investigar historicamente o advento das terapias corporais no Brasil nos anos 60, 70 e 80 e de que forma esse paradigma terapêutico se relaciona com a educação sexual da época. A história da educação sexual, sua relação com o campo médico e a possibilidade de cruzamento com o aspecto terapêutico das terapias corporais é observada. O objetivo desta investigação é localizar, compilar e analisar criticamente a produção bibliográfica que aborda especificamente as terapias corporais e a sua relação com a educação sexual a partir do contexto histórico das transformações sociais que ocorreram nestas décadas. Utilizamos como ferramentas metodológicas os conceitos de dispositivo e sexualidade oferecidos por Michel Foucault em sua História da Sexualidade e a obra escrita de Wilhelm Reich sobre a função do orgasmo, a fim de melhor compreender como se deu a chegada e a disseminação das terapias corporais no Brasil, o contexto histórico no qual se difundiram, o desenvolvimento, ou mesmo censura, em relação à educação sexual no período, bem como as ramificações e desdobramentos advindos daí. A análise apontou que a chegada e difusão das terapias corporais funcionou como uma espécie de educação sexual, cujo foco no corpo e um olhar mais terapêutico do que pedagógico delimitou o seu campo de atuação para o interior do universo da Psicologia após a sua formalização, um caminho que possibilitou estar relativamente livre da censura durante a ditadura militar no Brasil. |