Detalhes bibliográficos
Ano de defesa: |
2020 |
Autor(a) principal: |
Wakayama, Bruno [UNESP] |
Orientador(a): |
Não Informado pela instituição |
Banca de defesa: |
Não Informado pela instituição |
Tipo de documento: |
Tese
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Tipo de acesso: |
Acesso aberto |
Idioma: |
por |
Instituição de defesa: |
Universidade Estadual Paulista (Unesp)
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Programa de Pós-Graduação: |
Não Informado pela instituição
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Departamento: |
Não Informado pela instituição
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País: |
Não Informado pela instituição
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Palavras-chave em Português: |
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Link de acesso: |
http://hdl.handle.net/11449/194381
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Resumo: |
Introdução: A AIDS e a Hepatite B são doenças virais de grande impacto epidemiológico e social, que repercutem de maneira negativa em todas as conjunturas, instâncias e práxis da saúde pública mundial. Na perspectiva odontológica, a alta infectividade, a patogenicidade e a estigmatização do vírus da imunodeficiência humana (HIV) e da hepatite B (VHB), além de deixarem os profissionais mais expostos às suas vulnerabilidades laborais, podem fomentar práticas e presunções discriminatórias. Objetivo: A presente tese foi dividida em dois capítulos, com objetivos diferentes. Capítulo 1 - mapear o perfil de imunização dos cirurgiões-dentistas da rede pública de saúde por meio do teste imunocromatográfico Anti-HBsAg e identificar seus fatores associativos. Capítulo 2 - comparar o conhecimento, a presença e a manifestação de atos discriminatórios e estigmatizantes de cirurgiões-dentistas, auxiliares e acadêmicos de Odontologia a respeito das representações sociais do HIV/AIDS e da hepatite B. Metodologia: Tratam-se de dois estudos epidemiológicos transversais quantitativos. Para a condução metodológica do primeiro capítulo, fizeram parte do universo amostral cirurgiões-dentistas da Atenção Primária à Saúde (APS) de 40 municípios pertencentes ao Departamento Regional de Saúde – II (DRS-II), do estado de São Paulo. A coleta dos dados foi feita em três etapas: aplicação do inquérito semiestruturado; investigação do protocolo vacinal contra o VHB; e análise da imunização pelo teste rápido imunocromatográfico Ant-HbsAg. Para o processamento estatístico, foi utilizada a análise bivariada em subsequência à análise de regressão logística binomial. No segundo capítulo, fizeram parte do universo amostral cirurgiões-dentistas e auxiliares em saúde bucal da APS dos 40 municípios da DRS-II e acadêmicos de Odontologia de uma universidade pública. Para a condução do estudo foi construído um instrumento de pesquisa que tinha como objetivo identificar de maneira ampla e objetiva as atitudes e os comportamentos potencialmente profusos de ações discriminantes. Para análise dos dados utilizou-se o Teste Z de proporção para comparação entre os grupos. Resultados: No capítulo 1, do total da amostra (219), 74,9% afirmou ter tomado as três doses da vacina e 35,6% não estava imune contra o VHB. Foram verificadas associações entre a variável dependente e o tempo de trabalho no serviço público; o conhecimento da temática em estudo; o desconhecimento do número de doses da vacina que foram administradas; e ter tomado menos de três doses da vacina. No capítulo 2, participaram da pesquisa 550 sujeitos. Foram verificadas associações significativas no conhecimento dos participantes do estudo sobre o HIV/AIDS e hepatite B, com maior representatividade de cirurgiões-dentistas. Dentre as doenças infecciosas analisadas, foi observado, de modo geral, um maior receio perante o HIV/AIDS. Por outro lado, quando inqueridos sobre o risco de infectividade, houve maior representatividade da hepatite B. Além disso, 30,7% e 42,2% dos indivíduos aceitariam ser atendidos por um profissional com HIV/AIDS e hepatite B, respectivamente, com maiores proporções de recusas pelos auxiliares e acadêmicos. Sobre a existência de distinções nas condutas clínicas de atendimento ao paciente com AIDS e hepatite B, o grupo de auxiliares teve as maiores proporções. Conclusão: No primeiro capítulo, parte dos cirurgiões-dentistas da APS não eram imunes contra o VHB. Já sobre os fatores de risco analisados, foi verificado que o conhecimento, o tempo de trabalho e a completude do esquema vacinal foram influentes para a não imunização. No segundo capítulo, foi possível concluir que o conhecimento sobre a temática ainda é obstáculo a ser enfrentada pelos auxiliares e acadêmicos. Em relação à presença e à manifestação de atitudes discriminatórias e estigmatizantes, foi constatado que elas existem de maneira velada e oculta pelos grupos dos acadêmicos e auxiliares, principalmente em relação ao HIV/AIDS. |