Fitorremediação em águas contaminadas com o hormônio estriol

Detalhes bibliográficos
Ano de defesa: 2020
Autor(a) principal: Lazaro, Lais Carine Candido
Orientador(a): Não Informado pela instituição
Banca de defesa: Não Informado pela instituição
Tipo de documento: Dissertação
Tipo de acesso: Acesso aberto
Idioma: por
Instituição de defesa: Universidade Estadual Paulista (Unesp)
Programa de Pós-Graduação: Não Informado pela instituição
Departamento: Não Informado pela instituição
País: Não Informado pela instituição
Palavras-chave em Português:
Link de acesso: http://hdl.handle.net/11449/204440
Resumo: A fitorremediação é uma técnica que se baseia no cultivo de plantas para assimilar e remover poluentes da água, do solo e do ar. Nesse processo, os vegetais devem atender a alguns requisitos, como alta biomassa, crescimento rápido e alto acúmulo de nutrientes. Eichhornia crassipes, vulgarmente conhecida como aguapé, é uma espécie de macrófita aquática flutuante, que tem como característica rápida proliferação, adaptação a diferentes condições ambientais e grande capacidade de absorção de nutrientes. Nos últimos anos, vários produtos farmacêuticos tornaram-se contaminantes emergentes, devido à sua liberação contínua em ambientes aquáticos através de várias maneiras, o que apresenta ameaças potencialmente sérias à saúde e ao ecossistema humano. Esses produtos são descartados e excretados em altas concentrações como metabólitos ativos e pode ter como destino sistemas de coleta de águas de mananciais. Dentre as classes de medicamentos, existem os hormônios esteroides naturais e sintéticos, nos quais encontra-se o estriol (estrogênio mais abundante nos mamíferos no período de gestação). Em formas conjugadas, presentes na urina, são rapidamente hidrolisadas, regenerando-o em sua forma livre e, consequentemente, transformando esse hormônio em poluente da água, o que pode representar uma ameaça para os seres humanos e organismos aquáticos. O objetivo deste trabalho foi desenvolver um sistema de pequena escala para a análise da eficiência de E. crassipes no processo de fitorremediação na presença do estriol em água, utilizando técnica de morfologia vegetal e Inteligência Artificial. Para isso, espécimes de aguapés foram coletados em um lago particular localizado no Bairro Chácara de Recreio Jardim Alvorada, Botucatu/SP e transferidas para vasos de polipropileno transparentes com 50 L, onde foram analisadas amostras para a observação de alterações morfo-anatômicas (tamanho da folha, pecíolo, raiz, pelos radiculares, massa fresca e caracterização anatômica dos tecidos). Dentre as variáveis analisadas, o tamanho do pelo radicular apresentou significativa diferenciação, uma vez que é a região de maior absorção da planta vegetal fitorremediadora. Posteriormente, foram coletadas imagens amostrais das raízes, para um treinamento e uma avaliação do poder de generalização de um modelo de Inteligência Artificial. Este demonstrou uma margem de erro, porém a tecnologia é algo relevante para facilitar análises de tamanhos de pelos radiculares de raízes expostas ao estriol. Com isso, a planta E. crassipes demonstrou um promissor potencial de fitorremediação em sistemas de águas contaminadas com o hormônio estriol, se mostrando uma espécie importante em processos de fitorremediação.