Detalhes bibliográficos
Ano de defesa: |
2019 |
Autor(a) principal: |
Soares, Bruno do Nascimento
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Orientador(a): |
Santangelo, Jayme Magalhães
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Banca de defesa: |
Santangelo, Jayme Magalhães
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Suhett, Albert Luiz
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Pereira, Ronaldo Figueiró Portella
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Queiroz, Jarbas Marçal de
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Tipo de documento: |
Dissertação
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Tipo de acesso: |
Acesso aberto |
Idioma: |
por |
Instituição de defesa: |
Universidade Federal Rural do Rio de Janeiro
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Programa de Pós-Graduação: |
Programa de Pós-Graduação em Biologia Animal
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Departamento: |
Instituto de Ciências Biológicas e da Saúde
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País: |
Brasil
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Palavras-chave em Português: |
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Palavras-chave em Inglês: |
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Área do conhecimento CNPq: |
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Link de acesso: |
https://rima.ufrrj.br/jspui/handle/20.500.14407/10748
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Resumo: |
As macrófitas aquáticas tendem a proliferar nos ecossistemas aquáticos com condições favoráveis. Nesse cenário, as macrófitas ocupam grande parte da superfície e até mesmo da coluna d´água, desempenhando um importante papel ecológico na estruturação e distribuição das comunidades que as habitam. Além disso, as macrófitas são especialmente sensíveis aos impactos antrópicos, proporcionando consequências na vida do Homem. Por esta razão, o objetivo deste trabalho foi determinar a composição, riqueza e abundância das larvas de diptera associados às raízes de macrófitas flutuantes (Eichhornia crassipes), em uma abordagem espaço-temporal na Lagoa de Imboassica, localizada no município de Macaé, RJ. As coletas foram realizadas em seis pontos com a presença de bancos fixos de E. crassipes, nos períodos de agosto (inverno) e dezembro (verão) de 2015. Os organismos foram coletados através do método de varredura, utilizando uma rede do tipo "D" seguido de uma concha entomológica nas macrófitas. Além disso, foram coletadas amostras de sedimento sob as macrófitas, utilizando o coletor tipo kajak para cada ponto. A caracterização dos pontos foi realizada através da classificação granulométrica e compostos orgânicos do sedimento, junto às variáveis limnológicas Nitrogênio total, Carbono Orgânico dissolvido, Fósforo total, Ortofosfato, Temperatura, pH, Condutividade elétrica, Oxigênio dissolvido, Turbidez, Sólidos totais em suspensão e Concentração de Clorofila A. As variáveis abióticas foram relacionadas aos pontos de amostragem em diferentes períodos através de uma Análise de componentes principais (ACP), a densidade total de indivíduos foi comparada entre as estações do ano com um Teste T para amostras pareadas e a riqueza de espécies foi comparada através de curvas de rarefação. Os dados de composição e densidade da assembleia de Chironomideos foram avaliados com uma Análise de Variância Permutacional (PERMANOVA), seguida da NMDS para determinar a similaridade dos diferentes pontos amostrais entre as estações. Por fim, foi realizada uma Análise de Correspondência Canônica (CCA), descrevendo as variáveis ambientais que melhor explicam os padrões de distribuição espaço-temporal da assembleia de chironomideos. No total foram coletados 1.539 espécimes associados à raiz de E. crassipes, sendo 1.292 durante o inverno e 247 no verão, sendo os táxons Goeldichironomus, Chironomus, Culicoide, e Polypedium os mais abundantes. Não foi registrada a ocorrência de espécies vetoras de doenças com importância entomoepidemiológica. Não houve diferenças na abundância de larvas entre o inverno e o verão. No entanto, uma maior riqueza de espécies foi observada no período do verão. Uma análise de variância permutacional não apontou diferenças na estrutura das comunidades observadas no inverno e no verão. Finalmente, foi observada uma correlação positiva dos taxóns mais abundantes com os pontos amostrais que apresentaram uma menor temperatura, e altas concentrações de oxigênio dissolvido, sólidos totais em suspensão e clorofila A. Apenas o táxon Chironomus apresentou uma correlação com menores valores de oxigênio. Com isso, pode-se concluir que bancos da macrófita E. crassipes constituem abrigos potenciais para elevadas densidades de larvas de chironomideos, os quais apresentam tolerância aos ambientes eutrofizados como a lagoa Imboassica. |