Respostas fisiológicas envolvidas na tolerância à restrição hídrica e estresse luminoso em Orchidaceae epífitas

Detalhes bibliográficos
Ano de defesa: 2020
Autor(a) principal: Joca, Thais Arruda Costa
Orientador(a): Não Informado pela instituição
Banca de defesa: Não Informado pela instituição
Tipo de documento: Tese
Tipo de acesso: Acesso aberto
Idioma: por
Instituição de defesa: Universidade Estadual Paulista (Unesp)
Programa de Pós-Graduação: Não Informado pela instituição
Departamento: Não Informado pela instituição
País: Não Informado pela instituição
Palavras-chave em Português:
Link de acesso: http://hdl.handle.net/11449/192334
Resumo: Orquídeas epífitas estão expostas a diferentes microclimas, que são caracterizados pela alta irradiância imposta ao dossel e baixa irradiância em plantas situadas no sub-bosque. Além disso, este grupo de plantas frequentemente lida com a restrição hídrica. Na produção comercial, o estabelecimento de orquídeas é em quase sua totalidade limitada pela distribuição e intensidade destes mesmos fatores disponibilizados em casas de vegetação. Gomesa flexuosa Sims e Oncidium sphacelatum Lindley pertencem à subtribo Oncidiinae, e quando hibridizadas dão origem a O. ‘Aloha’ (uma orquídea CAM facultativa e importante híbrida comercial). O objetivo deste estudo foi elucidar a performance fotossintética e as estratégias de balanço hídrico de G. flexuosa e O. sphacelatum sob condições de estresse hídrico e luminoso, focando tanto nas diferenças interespecíficas como nas funções dos diferentes órgãos em um mesmo indivíduo. Para isso, analisamos trocas gasosas, fluorescência da clorofila a, quantificação de lipoperóxidos, discriminação isotópica, acidez titulável, conteúdo relativo de água e potencial hídrico em tecidos foliares, de pseudobulbos e raízes, em diferentes tratamentos envolvendo restrição hídrica e variação luminosa. Depois de restrição hídrica por 60 dias, G. flexuosa apresentou conversão de metabolismo C3 para CAM, o que deu subsídios para uma melhor performance das trocas gasosas, fluorescência da clorofila a, mecanismo de fotoproteção e relações hídricas. Quando submetida a dois eventos de restrição hídrica, mostrou capacidade de armazenar informações de experiência prévias, apresentando memória fisiológica. Ao avaliar como a restrição hídrica somada ao estresse luminoso influencia nas respostas fisiológicas de ambas as espécies por 180 dias, mais uma vez G. flexuosa apresentou melhor performance e possibilidade de rustificação pela luz, enquanto O. sphacelatum não se rustificou e não apresentou memória fisiológica. Estes dados podem contribuir para programas de conservação de espécies nativas, além de nortear estratégias de cultivo para fins comerciais.