Experiências de escuta ao envelhecimento: cartografias e autobiografia.

Detalhes bibliográficos
Ano de defesa: 2017
Autor(a) principal: Mello, Igor Costa Palo
Orientador(a): Não Informado pela instituição
Banca de defesa: Não Informado pela instituição
Tipo de documento: Tese
Tipo de acesso: Acesso aberto
Idioma: por
Instituição de defesa: Universidade Estadual Paulista (Unesp)
Programa de Pós-Graduação: Não Informado pela instituição
Departamento: Não Informado pela instituição
País: Não Informado pela instituição
Palavras-chave em Português:
Link de acesso: http://hdl.handle.net/11449/152697
Resumo: A presente tese é constituída por cartografias de narrativas autobiográficas relacionadas a experiências de escuta ao envelhecimento realizadas em serviços de saúde e socioassistenciais, além daquelas produzidas no exercício da supervisão de estágio de formação profissional em âmbito universitário e em rodas de conversa extra institucionais. Acompanhando, nestas experiências, linhas de fuga desterritorializantes e agenciamentos maquínicos em projetos singularizantes de seguridade social produtores da subjetivação no “envelhecer contemporâneo”, foram apontadas também tanto sua vizinhança às desterritorializações mais caóticas como ao dispositivo reterritorializado e identitário Estado-Mercado-Políticas Públicas consoante a produção de subjetividade no “envelhecer bem-sucedido” próprio à era do capitalismo em rede. Percorrer esse agenciamento possibilitou vislumbrar a possibilidade de colocar o registro e a discussão dos conteúdos da escuta em conexão com outros saberes que se constituem em práticas profissionais diversas destinadas aos idosos, seus familiares e outros adultos que se sentem vinculados à questão do envelhecimento. Um dos efeitos do encontro com essas diversas cartografias é poder ouvir sussurrando cada uma das pessoas com quem estive ao longo do percurso de trabalho direto e de supervisão de estágio. Por meio das mesmas foi possível ver emergir da escuta ao envelhecimento uma diversidade de experiências de pessoas que envelhecem produzindo um sentido que apenas por efeito de formalidade agrupa-se sob a intensidade de um sofrimento ético-político que não cessa de ter seus diferentes efeitos de sentido. O paradoxo é que o acontecimento-sentido não funciona como remédio as dores do envelhecimento, mas como enunciação e reconhecimento do mesmo, desterritorializando identidades cristalizadas em linhas de fuga que constituem também novos agenciamentos. Conclui-se pela enunciação do desejo de intensificação da intercessora escuta ao envelhecimento no dispositivo dos projetos singulares de seguridade social.