Travestilidades e envelhecimentos: cartografando modos de vida na transcontemporaneidade

Detalhes bibliográficos
Ano de defesa: 2015
Autor(a) principal: Leite Junior, Francisco Francinete
Orientador(a): Não Informado pela instituição
Banca de defesa: Não Informado pela instituição
Tipo de documento: Dissertação
Tipo de acesso: Acesso aberto
Idioma: por
Instituição de defesa: Não Informado pela instituição
Programa de Pós-Graduação: Não Informado pela instituição
Departamento: Não Informado pela instituição
País: Não Informado pela instituição
Palavras-chave em Português:
Link de acesso: https://biblioteca.sophia.com.br/terminalri/9575/acervo/detalhe/105127
Resumo: O estudo aqui apresentado origina-se de uma pesquisa de mestrado intitulada Travestilidades e Envelhecimentos: Cartografando Modos de vida na Transcontemporaneidade desenvolvida no âmbito do Programa de Pós-Graduação em Psicologia da Universidade de Fortaleza (UNIFOR) e do Laboratório de Estudos e Pesquisas Multiversos: corpo, gênero e sexualidade nos processos de subjetivação. Tal movimento de pesquisa provocou inquietações que implicaram a emergência de alguns questionamentos - Como se articula a intersecção entre gênero e geração em sujeitos travestis? Em contextos de abjeção, como as travestis idosas se movimentam e resistem diante das produções discursivas que reiteram a heteronormatividade? Como se apresentam os modos de vida das travestis idosas na transcontemporaneidade? Por sua vez, estas discussões subsidiaram a realização de pesquisa destinada a alcançar o seguinte objetivo: compreender a produção de performatividades de gênero e as experimentações da sexualidade na experiência interseccional da travestilidade e envelhecimento em contextos fortalezenses. Os pressupostos teórico-metodológicos que sustentam este estudo abrangem perspectivas discursivo-desconstrucionistas, por compreender-se que os discursos atravessam os sujeitos, possibilitando-lhes a realização de um exercício de desconstrução que os conduz à feitura de um movimento de dobra sobre si mesmos, estudos pós-estruturalistas que aproximam das discussões de Michel Foucault, presente nos debates pós-modernos, além de relacionarem-se com as teorizações queer. A Cartografia também está presente, possibilitando pensar de forma rizomática as problemáticas que povoam tal seara e induzindo a acompanhar movimentos e deslocamentos dos sujeitos nas vivências de seus desejos e prazeres. Os relatos, memórias e experiências de três travestis idosas codinominadas Iracema, Aurélia e Lucíola, reveladoras de seus modos de vida, convocaram a pensar sobre os movimentos de deslocamentos, permitindo que se percebessem suas movimentações, estilos e novas possibilidades. Conclui-se que suas trajetórias de vida são marcadas por lutas, resistências e sujeição que são ressignificadas e amadurecidas pelas ações do tempo, reveladoras de que sua existência pulsa e advém do prazer e do desejo, além de sua capacidade de transformação e superação. Palavras-chave: Travestilidade. Envelhecimento. Cartografia. Modos de Vida. Transcontemporaneidade.