Respiração solo: conexões entre emissão de CO2 e o influxo de O2 do solo com variáveis meteorológicas em diferentes sistemas agrícolas tropicais

Detalhes bibliográficos
Ano de defesa: 2024
Autor(a) principal: Lucena, Wanderson Benerval de
Orientador(a): Não Informado pela instituição
Banca de defesa: Não Informado pela instituição
Tipo de documento: Tese
Tipo de acesso: Acesso aberto
Idioma: por
Instituição de defesa: Universidade Estadual Paulista (Unesp)
Programa de Pós-Graduação: Não Informado pela instituição
Departamento: Não Informado pela instituição
País: Não Informado pela instituição
Palavras-chave em Português:
Link de acesso: https://hdl.handle.net/11449/255672
Resumo: O solo é um ambiente rico em microrganismos que frequentemente associado a dinâmica global da reciclagem de nutrientes. A demanda por carbono faz com que esses organismos utilizem uma via metabólica dependente de oxigênio, como a respiração celular para obtenção de energia ou por meio da respiração celular. As raízes também realizam respiração mitocondrial e, portanto, podem ser associadas a respiração global do solo. Objetivou-se investigar a dinâmica das trocas gasosas no solo em conjunto com variáveis meteorológicas em diferentes sistemas agrícolas tropicais. Para isso foram realizadas avaliações das emissões de CO2 do solo usando o sistema portátil LI-8100; o influxo de oxigênio do solo foi obtido pela interpolação linear do decaimento de O2 no interior da câmara usando o sensor de oxigênio UVFLUX 25%. Paralelamente foram avaliadas a temperatura e umidade do solo. Os dados meteorológicos foram obtidos de estações agroclimáticas próximas aos locais onde os experimentos ocorreram. No primeiro experimento localizado em Jaboticabal/SP as medidas ocorreram em duas condições, sendo solo nu e solo vegetado. No segundo experimento locado em Selvíria/MS, as comparações se deram em diferentes agroecossistemas, como, pastagens e reflorestamentos com espécies nativas e eucalipto. Os resultados apontam uma relação entre a emissão de CO2 com o influxo de O2 do solo em solos vegetados (valores de 30 a 70% superiores, em média) e em reflorestamentos (quocientes respiratórios de 0,52 e 0,59 mol mol-1 ). No primeiro estudo observou-se uma relação do influxo de O2 em solos tropicais com a radiação fotossinteticamente ativa (r = 079; p < 0,05), enquanto, no segundo experimento a dinâmica temporal do O2 foi explicada pela variabilidade da temperatura do solo, em especial, nas pastagens. Modelos que descrevem o comportamento linear da emissão de CO2 em função da umidade do solo e a dinâmica do influxo de O2 em função da radiação fotossinteticamente ativa foram propostos. Foi concluído que a respiração de raízes possui relação com o influxo de O2 no ecossistema solo, assim, a respiração radicular pode representar de 27 a 48% da respiração do solo. A emissão de CO2, sob condições, com ou sem vegetação, podem ser preditas usando um modelo linear com base na umidade do solo. A pastagem, ao longo do tempo, apresenta as menores taxas de emissão de CO2. Tais resultados foram relacionados com melhorias nos atributos do solo, como MOS, SB e pH que foram alterados pelo manejo quando comparados aos demais usos do solo.