Obesidade mórbida: um estudo sobre as limitações, a auto-imagem e o tratamento cirúrgico

Detalhes bibliográficos
Ano de defesa: 2007
Autor(a) principal: Silveira, Tânia Aguila [UNESP]
Orientador(a): Não Informado pela instituição
Banca de defesa: Não Informado pela instituição
Tipo de documento: Dissertação
Tipo de acesso: Acesso aberto
Idioma: por
Instituição de defesa: Universidade Estadual Paulista (Unesp)
Programa de Pós-Graduação: Não Informado pela instituição
Departamento: Não Informado pela instituição
País: Não Informado pela instituição
Palavras-chave em Português:
Link de acesso: http://hdl.handle.net/11449/98624
Resumo: A obesidade é uma doença de etiologia multifatorial incluindo fatores psicológicos, fisiológicos, anatômicos e sociais. Essa patologia está presente em países desenvolvidos e em desenvolvimento. No Brasil o índice vem crescendo rapidamente em todas as faixas etárias e classes sócio-econômicas, demonstrando a transição nutricional da desnutrição para a obesidade. Objetivou-se investigar através de uma abordagem qualitativa de pesquisa em saúde, a influência da visão sócio-histórica no desenvolvimento e na manutenção da obesidade de quatro mulheres com idade entre 32 e 39 anos, que se preparavam para o tratamento cirúrgico de obesidade mórbida. Tencionou-se ainda caracterizar o tema “obesidade” na visão das entrevistadas; compreender a sua tomada de decisão pelo método cirúrgico; contribuir para o fortalecimento da visão interdisciplinar no tratamento do obeso mórbido; colaborar para o fortalecimento do programa de apoio ao paciente obeso mórbido no qual as pacientes fizeram acompanhamento pré-cirúrgico. A partir da análise de conteúdo das entrevistas e das contribuições do diário de campo foi possível encontrar eixos temáticos que orientaram as nossas discussões. Os resultados indicaram prejuízos emocionais, sociais, biológicos e físicos acarretando insatisfação com a condição de estarem obesas, ora porque as limitações são muito acentuadas, causando-lhes problemas de saúde e desconforto físico ou porque esteticamente não se sentem adequadas com o seu peso. A cobrança da sociedade pela aquisição de um corpo ajustado aos padrões vigentes (magreza) parece ser o fator de maior peso no sofrimento psíquico vivenciado pelas entrevistadas, levando-as à tentativa de enquadramento naquilo que é socialmente aceito como o “normal” ou o comum, marginalizando as suas capacidades e potencialidades. O trabalho da equipe interdisciplinar servirá como ferramenta eficaz para...