Efeito do sombreamento sobre a fotossíntese e mortalidade em espécies não arbóreas do cerrado stricto sensu.

Detalhes bibliográficos
Ano de defesa: 2019
Autor(a) principal: Marroni, Guilherme Genova de
Orientador(a): Não Informado pela instituição
Banca de defesa: Não Informado pela instituição
Tipo de documento: Dissertação
Tipo de acesso: Acesso aberto
Idioma: por
Instituição de defesa: Universidade Estadual Paulista (Unesp)
Programa de Pós-Graduação: Não Informado pela instituição
Departamento: Não Informado pela instituição
País: Não Informado pela instituição
Palavras-chave em Português:
Link de acesso: http://hdl.handle.net/11449/182216
Resumo: O Cerrado é considerado o segundo maior bioma brasileiro em extensão, com ampla diversidade de espécies e endemismo. Nas últimas décadas, áreas de Cerrado vêm sofrendo alterações fitofisionômicas, devido principalmente à ausência do fogo. A sua ausência tem possibilitado que áreas de cerrado stricto sensu sejam invadidas por espécies arbóreas, levando ao adensamento da vegetação, que por sua vez, reduz a riqueza de espécies não lenhosas, por diminuição da luminosidade. Assim, o presente estudo avaliou as respostas de três espécies não arbóreas típicas do cerrado stricto sensu em condições artificiais de sombreamento, a partir de observações fenológicas da mortalidade e capacidade de rebrota, além da análise de parâmetros fotossintéticos. Após 14 meses de experimento, a taxa de mortalidade foi de 43% para as plantas sombreadas, enquanto que as controles (plantas não sombreadas) tiveram uma mortalidade de 10%. As espécies avaliadas (Hyptis campestris, Cissampelos ovalifolia e Lepidaploa chamissonis), quando sombreadas, apresentaram menor ponto de saturação e de compensação luminoso e menor assimilação de carbono, demonstrando potencial de aclimatação. Contudo, plantas sombreadas estão abaixo do ponto de saturação de luz, o que junto com as rebrotas sucessivas pode ter levado ao exaurimento das suas reservas, comprometendo sua sobrevivência. Desta forma, o adensamento vegetacional pode ser um risco para a preservação de plantas não arbóreas de Cerrado.