Impacto do uso de antibióticos na microbiota do solo

Detalhes bibliográficos
Ano de defesa: 2016
Autor(a) principal: Gallego, Jefferson Cerquera [UNESP]
Orientador(a): Não Informado pela instituição
Banca de defesa: Não Informado pela instituição
Tipo de documento: Dissertação
Tipo de acesso: Acesso aberto
Idioma: por
Instituição de defesa: Universidade Estadual Paulista (Unesp)
Programa de Pós-Graduação: Não Informado pela instituição
Departamento: Não Informado pela instituição
País: Não Informado pela instituição
Palavras-chave em Português:
Link de acesso: http://hdl.handle.net/11449/148013
Resumo: Devido ao grande número de antibióticos de uso veterinário que estão sendo liberados no solo através da urina e dejetos fecais dos animais de produção, algumas pesquisas têm verificado o impacto desses antibióticos na microbiota do solo. O presente estudo teve como objetivo avaliar o impacto dos antibióticos sobre a microbiota do solo em condições de microcosmos, de um solo de pastagem de bovinos e um solo de floresta, submetidos à presença de três antibióticos utilizados na produção animal, sendo estes, ampicilina, enrofloxacina e estreptomicina, nas concentrações de 0, 30 e 100 mg/kg de solo seco. A concentração de 0 mg/kg foi usada como controle. Os solos foram incubados em frascos de vidro de tampa rosca e mantidos a temperatura ambiente no escuro para reproduzir as condições reais encontradas na natureza. Foram avaliadas atividade respiratória microbiana, atividade da enzima desidrogenase e contagem de unidades formadoras de colônias (UFC) para estabelecer se existia ou não inibição do crescimento bacteriano nos dias 0, 1, 20 e 35. Os resultados mostram um aumento considerável nas UFC nos solos que receberam a ampicilina em ambas às concentrações durante o primeiro dia com relação ao controle. No dia 35 estas contagens se tornaram semelhantes ao controle ou menores. Os solos que receberam enrofloxacina e estreptomicina tiveram uma contagem menor que o controle inicialmente e com o tempo essas UFC aumentaram. A atividade respiratória microbiana e a atividade da enzima desidrogenase também confirmam esse achado. Esses resultados sugerem que os micro-organismos estão utilizando algum composto da ampicilina para o aumento das colônias e que os outros antibióticos diminuem a população microbiana do solo, especialmente a estreptomicina. Provavelmente alguns micro-organismos estejam sendo selecionados.