Efeito do óleo ozonizado na reparação de retalho cutâneo em ratos

Detalhes bibliográficos
Ano de defesa: 2020
Autor(a) principal: Nakamura, Aline Medeiros
Orientador(a): Não Informado pela instituição
Banca de defesa: Não Informado pela instituição
Tipo de documento: Dissertação
Tipo de acesso: Acesso aberto
Idioma: por
Instituição de defesa: Universidade Estadual Paulista (Unesp)
Programa de Pós-Graduação: Não Informado pela instituição
Departamento: Não Informado pela instituição
País: Não Informado pela instituição
Palavras-chave em Português:
Link de acesso: http://hdl.handle.net/11449/193300
Resumo: A necrose é complicação frequente em cirurgias reconstrutivas, sendo assim, terapias adjuvantes são utilizadas com intuito de minimizar essas complicações. A ozonioterapia é utilizada para intervir no processo de reparo de feridas, inclusive as pouco vascularizadas como úlceras de pé diabético. Tem potencial antimicrobiano, antioxidante e ativa a proliferação de fibroblastos, todavia pouco se sabe sobre o comportamento em cirurgias reconstrutivas. A proposição dessa pesquisa foi avaliar o efeito do óleo ozonizado tópico na viabilidade do retalho cutâneo em ratos. Foi realizado estudo com 18 ratos da linhagem Wistar, distribuídos em 2 grupos com 9 animais cada, correspondentes aos grupos óleo de girassol (GG) e óleo de girassol ozonizado (GO). Os retalhos cutâneos foram delimitados no dorso de cada animal, medindo 10x3 cm com limites anatômicos: ângulo inferior das escápulas, as cristas ilíacas, centralizado sobre a coluna vertebral, cuja base do retalho é o limite cranial. Foi aplicado 1mL de óleo de girassol ou 1 mL óleo de girassol ozonizado, nos respectivos grupos GG e GO, antes da síntese do retalho no leito receptor e após, por via tópica na dose de 1 mL, sendo reaplicado a cada 12 horas, por 7 dias consecutivos. As variáveis macroscópicas como edema, exudato, necrose, coloração e aspecto cosmético foram analisadas no 3°, 7° e 14° dia pós-operatório. No dia 14 foi realizado planimetria digital para avaliação da área total do retalho, área necrosada e porcentagem de necrose dos retalhos. A avaliação histológica foi realizada mediante biopsia de pele para avaliar os processos de reparo e angiogênese do retalho. A planimetria digital revelou que não houve diferença estatística da viabilidade do retalho entre os grupos, contudo a média da área total do retalho cutâneo foi maior em GO. A variável macroscópica aspecto cosmético foi melhor em GO. Na avaliação histológica o grupo óleo de girassol ozonizado apresentou maior número de vasos em relação ao grupo óleo de girassol, houve maior expressão do colágeno tipo I nos dois grupos, mas não houve diferença estatística entre grupos. Conclui-se que a utilização do óleo de girassol ozonizado não alterou a viabilidade do retalho cutâneo, porém induziu menor contração cutânea e maior neovascularização.