Detalhes bibliográficos
Ano de defesa: |
2022 |
Autor(a) principal: |
Brondi, Carolina Veluci |
Orientador(a): |
Não Informado pela instituição |
Banca de defesa: |
Não Informado pela instituição |
Tipo de documento: |
Dissertação
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Tipo de acesso: |
Acesso aberto |
Idioma: |
por |
Instituição de defesa: |
Universidade Estadual Paulista (Unesp)
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Programa de Pós-Graduação: |
Não Informado pela instituição
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Departamento: |
Não Informado pela instituição
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País: |
Não Informado pela instituição
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Palavras-chave em Português: |
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Link de acesso: |
http://hdl.handle.net/11449/238506
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Resumo: |
O Brasil é o maior produtor mundial de cana-de-açúcar. Entre os fatores que prejudicam a produtividade do cultivo de cana-de-açúcar no País, destaca-se a broca-da-cana, Diatraea saccharalis (Fabricius, 1794) (Lepidoptera: Crambidae). O manejo da broca-da-cana no Brasil é realizado por meio da utilização de produtos químicos e biológicos e, mais recentemente, pela adoção de plantas transgênicas com resistência à broca-da-cana. Considerando as limitações e questões negativas associadas aos tipos de métodos de controle citados, como a evolução da resistência de populações da broca-da-cana às plantas transgênicas atualmente disponíveis, o conhecimento sobre novas proteínas com atividade inseticida abre caminho para o desenvolvimento de novas plantas transgênicas com modos de ação distintos. O presente trabalho foi realizado para avaliação de duas proteínas com possível atividade inseticida sobre a broca-da-cana. A toxina Vip3Aa20 de Bacillus thuringiensis Berliner, 1915 foi escolhida por sua notável atividade inseticida sobre lepidópteros pragas. A outra proteína escolhida foi o peptídeo CfCBD derivado do parasitoide Cotesia flavipes Cameron, 1891 (Hymenoptera: Braconidae) que apresenta um domínio ligante em quitina comumente associado a toxinas com atividade inseticida. A toxina Vip3Aa20 foi produzida, purificada e avaliada em bioensaios de alimentação utilizando folhas de cana-de-açúcar e dieta artificial como substratos alimentares. Não foi possível observar mortalidade significativa da broca-da-cana ao ingerir Vip3Aa20 nas concentrações de 30, 60, 120, 240, 480 e 960 ng.cm-2. A ativação da toxina Vip3Aa20 pelo conteúdo do intestino da broca-da-cana foi incompleta. O peptídeo CfCBD não foi produzido e, por equívoco, um peptídeo não identificado de E. coli foi purificado e avaliado em bioensaios de alimentação utilizando folhas de cana-de-açúcar como substrato alimentar. Valores de mortalidade de 100% da broca-da-cana foram observados após ingestão desse peptídeo na concentração de 6.400 ng.cm-2. Porém, foi verificado que esse peptídeo não apresenta estabilidade e é completamente hidrolisado pelo conteúdo intestinal da broca-da-cana, fato que provavelmente está associado à alta concentração necessária para esse peptídeo causar mortalidade nas lagartas. Os resultados obtidos na presente dissertação auxiliam o desenvolvimento de toxinas proteicas para o controle da broca-da-cana. |