Detalhes bibliográficos
Ano de defesa: |
2015 |
Autor(a) principal: |
Monti, Mariana [UNESP] |
Orientador(a): |
Não Informado pela instituição |
Banca de defesa: |
Não Informado pela instituição |
Tipo de documento: |
Dissertação
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Tipo de acesso: |
Acesso aberto |
Idioma: |
eng |
Instituição de defesa: |
Universidade Estadual Paulista (Unesp)
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Programa de Pós-Graduação: |
Não Informado pela instituição
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Departamento: |
Não Informado pela instituição
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País: |
Não Informado pela instituição
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Palavras-chave em Português: |
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Link de acesso: |
http://hdl.handle.net/11449/133942
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Resumo: |
Existe um grande interesse atual no desenvolvimento de alimentos para cães com alta concentração de nutrientes e baixa densidade energética. A adição de fibra em rações para pet é uma maneira de controlar as calorias do alimento propiciando benefícios, e ao mesmo tempo, promover a utilização mais eficiente das fontes de fibra que não são destinadas à alimentação humana. Desta forma, foram formuladas 8 dietas experimentais: Controle (CO), sem adição de ingredientes fibrosos; dietas com fibra de goiaba (GF3, GF6, GF12), com níveis de inclusão de 3%, 6%, e 12%; dietas com fibra de cana (SC), com 9% de inclusão e dois diferentes tamanho de partícula (grande - SCL e pequeno- SCS) e dietas com farelo de trigo (WB), com 32% de inclusão e dois diferentes tamanhos de partícula (grande- WBL e pequeno- WBS). Objetivou-se neste trabalho avaliar os efeitos de inclusões crescentes de fibra de goiaba, bem como o efeito da fibra de cana e do farelo de trigo moídos em diferentes tamanhos sobre o processo de extrusão, digestibilidade dos nutrientes, fermentação no intestino, tempo de retenção gastrointestinal (TRGI) e palatabilidade das dietas. Foi utilizado o programa SAS para análise estatística e as médias foram comparadas por contrastes polinomiais e ortogonais (P<0,05). No Capítulo 2, a adição da fibra de goiaba resultou em aumento linear da amperagem (P<0,001), temperatura (P<0,001) e pressão (P<0,001) na saída da extrusora. Níveis crescentes de goiaba trouxeram maior implemnto de energia mecânica específica (EME) (P<0,001), redução na expansão radial (ER) (P<0,001), aumento na densidade aparente (DA) e menor cozimento do amido. A fibra de cana, em comparação com a fibra de trigo reduziu a amperagem (P<0,001), EME (P=0,013) e DA, mas aumentou o comprimento específico (P<0,001). A inclusão de fibra em menor tamanho reduziu a amperagem (P<0,001), EME (P<0,001) e DA, mas aumentou a ER (P=0,008). No capítulo 3, as rações CO, GF3, GF6 e GF12 foram fornecidas a 24 Beagles adultos por 15 dias de adaptação e após esse período os animais foram alojados em gaiolas metabólicas para acessar a digestibilidade e fermentação. Os animais receberam por via oral uma pílula contendo 10 marcadores radiopacos para determinação do TRGI. O teste de palatabilidade foi realizado com 38 cães utilizando-se teste versus por comparação. A adição da fibra de goiaba não alterou a ingestão de nutrientes, exceto para fibra dietética total (FDT) (P<0,001). A inclusão de fibra resultou em menor digestibilidade para matéria seca (MS) (P<0,001), matéria orgânica (MO) (P<0,001), proteína (PB) (P<0,001), energia bruta (EB) (P<0,001) e energia metabolizável do alimento (EM) (P<0,001). A fibra de goiaba não alterou a concentração fecal de amônia, ácido láctico, pH fecal e ácidos graxos de cadeia ramificada (AGCR), porém, reduziu a concentração dos ácidos graxos de cadeia curta (AGCC) acético e propiônico (P=0,007 e P=0,006). A inclusão de 6% de goiaba não alterou o TRGI, mas 12% de inclusão resultou em menor TRGI (P=0,046) comparado com a dieta CO. No capítulo 4, as dietas CO, SCL, SCS, WBL e WBS foram fornecidas a 30 Beagles adultos seguindo as mesmas metodologias do estudo com fibra de goiaba. Em comparação com a dieta CO, as dietas com fibra de cana e trigo aumentaram a ingestão de todos os nutrientes (P<0,001) e diminuíram a digestibilidade da MS, MO e ME (P<0,001), sem diferenças para PB, gordura, FDT e amido. Cães alimentados com farelo de trigo, em relação aos alimentados com fibra de cana, obtiveram aumento na concentração de ácido láctico (P<0,001) e diminuição da amônia (P<0,001) e pH (P<0,001) fecal, ácido isovalérico e ACCR total (P<0,001). A inclusão de ambas as fontes de fibra reduziram o TRGI comparado com a dieta CO (P<0,001). Os cães apresentaram preferência alimentar pela dieta sem fibra (P<0,01) sem efeitos claros quanto ao tamanho de partícula. No geral, concluiu-se que a adição de fibras limita o cozimento do amido e aumenta o gasto de energia na extrusão; torna as dietas duras, densas e exigem mais cautela para serem recobertas. A fibra de goiaba, por sua vez não causa alterações na fermentação intestinal e no TRGI de cães até 12% de inclusão. A fibra de cana e trigo com pequenos tamanhos de partículas utilizado nesse estudo não resultaram em melhoras quanto à digestibilidade de dietas com alta fibra e não alteraram o TRGI; entretanto, interferiram na formação de AGCC e preferência alimentar dos animais. |