A arquitetura fractal de Antonio Gramsci: História e política nos "Cadernos do Cárcere"

Detalhes bibliográficos
Ano de defesa: 2018
Autor(a) principal: Oliveira, Marcus Vinícius Furtado da Silva
Orientador(a): Não Informado pela instituição
Banca de defesa: Não Informado pela instituição
Tipo de documento: Tese
Tipo de acesso: Acesso aberto
Idioma: por
Instituição de defesa: Universidade Estadual Paulista (Unesp)
Programa de Pós-Graduação: Não Informado pela instituição
Departamento: Não Informado pela instituição
País: Não Informado pela instituição
Palavras-chave em Português:
Link de acesso: http://hdl.handle.net/11449/167566
Resumo: O presente trabalho visa compreender qual é o lugar do pensamento do intelectual e político italiano Antonio Gramsci (1891-1937) na Contemporaneidade, utilizando como fonte principal os “Quaderni del Carcere” produzidos no cárcere fascista entre 1929 e 1935. Esse problema é recorrente nos estudos gramscianos, sobretudo na Itália, e, com o intuito de oferecer novas abordagens do problema, consideramos os “Quaderni del Carcere” um objeto essencial ao trazer a discussão para o terreno da historiografia. Nesse sentido, esse trabalho propõe um diálogo entre as matrizes teóricas do contextualismo linguístico de John Pocock, a historiografia alemã, marcadamente a de Reinhart Koselleck e de Jorn Rusen, os estudos gramscianos italianos orientados pela historicização integral de Giuseppe Vacca e os estudos filológicos, principalmente de Gianni Francioni e Giuseppe Cospito. Portanto, essa tese pretende observar, a partir de uma leitura diacrônica ampliada, como os principais conceitos enunciados nos “Quaderni del Carcere” são produzidos a partir de uma linguagem marxista. Contudo, uma vez que são condicionados por outra consciência histórica, tais conceitos transpassam essa linguagem, caracterizando Gramsci como um pensador político que ultrapassa o marxismo e é fundamental para a formulação de uma política democrática para o século XXI.