O poder evangélico: o neoconservadorismo brasileiro como processo de racionalização

Detalhes bibliográficos
Ano de defesa: 2025
Autor(a) principal: Soares, Evanway Sellberg [UNESP]
Orientador(a): Não Informado pela instituição
Banca de defesa: Não Informado pela instituição
Tipo de documento: Tese
Tipo de acesso: Acesso aberto
Idioma: por
Instituição de defesa: Universidade Estadual Paulista (Unesp)
Programa de Pós-Graduação: Não Informado pela instituição
Departamento: Não Informado pela instituição
País: Não Informado pela instituição
Palavras-chave em Português:
Link de acesso: https://hdl.handle.net/11449/261745
Resumo: Buscando compreender o processo de secularização e a laicidade brasileira, esse trabalho tomou como objeto a real capacidade de pressão de grupos evangélicos neoconservadores na formulação de políticas públicas. Para isso, se discutiu os conceitos de laicidade e secularização, assim como foi apresentada a construção da pauta religiosa evangélica na história do Brasil. Também, realizou-se o cruzamento quantitativo e qualitativo de dados coletados durante os quatro anos do governo de Jair Bolsonaro. Os dados foram obtidos através do X (antigo Twitter) de políticos ligados ao governo e um líder religioso, buscando as temáticas nos discursos; posteriormente, buscou-se nas peças normativas apresentadas na câmara dos deputados durante os quatro anos de governo, similaridades temáticas entre essas e os principais temas apresentados nos tweets; também, se utilizou de artigos publicados em jornal de grande circulação para entender o contexto do governo, assim como a repercussão das falas e legislações, e ainda servindo como controle caso algum tweet ou legislação de repercussão houve sido negligenciado. Ao final, fica evidente que grupos evangélicos neoconservadores não possuíram força para construir políticas públicas efetivas uma vez que disputaram no espaço público com grupos progressistas e outros de identidade conservadora. Também fica evidente que a laicidade brasileira se mostrou perene, com mecanismos de proteção, assim como se demonstrou a existência e consolidação do processo de secularização no Brasil, com a consolidação da identidade neoconservadora.