Transferência do nifedipino para o leite materno em lactantes hipertensas.

Detalhes bibliográficos
Ano de defesa: 2017
Autor(a) principal: Malfará, Bianca Nayra
Orientador(a): Não Informado pela instituição
Banca de defesa: Não Informado pela instituição
Tipo de documento: Dissertação
Tipo de acesso: Acesso aberto
Idioma: por
Instituição de defesa: Universidade Estadual Paulista (Unesp)
Programa de Pós-Graduação: Não Informado pela instituição
Departamento: Não Informado pela instituição
País: Não Informado pela instituição
Palavras-chave em Português:
Link de acesso: http://hdl.handle.net/11449/152476
Resumo: O objetivo do presente estudo foi avaliar a transferência do nifedipino para o leite materno no estado de equilíbrio em lactantes hipertensas tratadas com comprimidos de liberação controlada na dose de 20 mg a cada 12 horas. Nossa hipótese de trabalho foi a de que o polimorfismo genético ABCG2 c.421C>A pudesse alterar a razão de concentração de nifedipino no leite/plasma (L/P) das lactantes portadoras de pelo menos um alelo raro. Foram investigadas 15 pacientes com hipertensão arterial sistêmica durante atendimento pré-natal no Serviço de Ginecologia e Obstetrícia da Faculdade de Medicina de Ribeirão Preto, da Universidade de São Paulo. No período de quinze a trinta dias pós-natal e após pelo menos 15 dias de tratamento com o nifedipino (estado de equilíbrio), foram coletadas simultaneamente amostras de sangue e leite materno. As concentrações de nifedipino plasmáticas e no leite materno foram avaliadas por cromatografia líquida de alta eficiência com detecção por ultravioleta (CLAE-UV). O método de determinação do nifedipino no plasma foi linear no intervalo de 10 a 150 ng/mL e no leite de 5 a 100 ng/mL. Os métodos mostraram detectabilidade, linearidade, precisão, exatidão e estabilidade compatíveis com a determinação do nifedipino em pacientes em uso crônico do fármaco. A concentração de nifedipino no plasma das lactantes variou de 11,8 a 178,1 ng/mL (mediana: 46,0 ng/mL). A concentração no leite materno humano foi similar à encontrada no plasma, variando de 5,2 a 93,8 ng/mL (mediana: 13,9 ng/mL). Não houve correlação positiva entre a concentração de nifedipino no plasma e no leite materno (p=0,3936). A razão de concentrações leite/plasma variou de 0,06 a 2,52 e não apresentou correlação com o índice de massa corpóreo (p=0,6290), idade (p=0,1071) ou clearance de creatinina (p=0,4427). Não houve influência de ABCG2 421C>A nas 15 pacientes investigadas na razão L/P, mas a investigação de um número maior de pacientes é necessária para concluir essa análise.