A imagem de César e Augusto: representações do ideal de princeps em Suetônio

Detalhes bibliográficos
Ano de defesa: 2013
Autor(a) principal: Cintra, Renata [UNESP]
Orientador(a): Não Informado pela instituição
Banca de defesa: Não Informado pela instituição
Tipo de documento: Dissertação
Tipo de acesso: Acesso aberto
Idioma: por
Instituição de defesa: Universidade Estadual Paulista (Unesp)
Programa de Pós-Graduação: Não Informado pela instituição
Departamento: Não Informado pela instituição
País: Não Informado pela instituição
Palavras-chave em Português:
Link de acesso: http://hdl.handle.net/11449/93400
Resumo: A presente pesquisa tem como objeto as figuras dos governantes Júlio César e Augusto na De Uita Caesarum, e buscar-se-á uma análise da representatividade heroica dos personagens e dos seus ideais explorados nesta narrativa biográfica elaborada nos governos de Trajano e Adriano (98 a 138 d.C.), primeiros imperadores da Dinastia Antonina. Para isso é necessário compreendermos alguns aspectos em torno da figura do herói e da constituição do mito. O arcabouço ideológico fundava-se na estrutura de propaganda que buscava construir a imagem do princeps infalível, semideus, futuro divus e provedor da justiça. Os romanos tinham ainda como suporte da construção dessa imagem, no plano da realidade concreta, o Senado, os generais e as forças militares e, principalmente, um aparato cerimonial complexo e utilitário, capaz de manter as categorias de valores morais nos patamares desejados pelo poder constituído. Ao estudar a trajetória de construção dos personagens César e Augusto na De Uita Caesarum de Suetônio, torna-se imprescindível à análise do papel da religião pública romana, assim como suas manifestações rituais e míticas. Assim, ao se verificar a figura do general e do princeps nesta fonte, busca-se entender a remissão às práticas políticas e religiosas do século I a.C., período final da República romana.