Concordância verbal e variação: um estudo descritivo-comparativo do português brasileiro e do português europeu

Detalhes bibliográficos
Ano de defesa: 2012
Autor(a) principal: Monte, Alexandre [UNESP]
Orientador(a): Não Informado pela instituição
Banca de defesa: Não Informado pela instituição
Tipo de documento: Tese
Tipo de acesso: Acesso aberto
Idioma: por
Instituição de defesa: Universidade Estadual Paulista (Unesp)
Programa de Pós-Graduação: Não Informado pela instituição
Departamento: Não Informado pela instituição
País: Não Informado pela instituição
Palavras-chave em Português:
Link de acesso: http://hdl.handle.net/11449/103579
Resumo: O objetivo geral deste trabalho é descrever a variação na concordância verbal de terceira pessoa do plural no português brasileiro (PB) e no português europeu (PE) e discutir o estatuto dessa variação nas duas variedades. É um estudo norteado pelos pressupostos teórico-metodológicos da Teoria da Variação e Mudança Linguística (WEINREICH, LABOV & HERZOG, 1968; LABOV, 1972, 1994, 2001, 2003). Por meio de um estudo empírico e sincrônico, analisamos a variação na concordância verbal de terceira pessoa do plural na fala de 18 pessoas residentes na cidade de São Carlos, localizada no interior do Estado de São Paulo/Brasil, e na fala de 18 pessoas residentes na cidade de Évora, situada no Alentejo, sul de Portugal. Essas pessoas foram estratificadas em função do sexo e nível de escolaridade. Os nossos resultados revelam uma significativa diferença quantitativa entre as duas variedades. No PB, com 48,2% (686/1.422) de concordância verbal, o fenômeno se configura como uma regra variável. Já no PE, com 93,1% (1.340/1.440) de concordância verbal, a regra parece ter status semicategórico. Para o tratamento estatístico dos dados, utilizamos o programa Goldvarb-X, que realiza uma análise multivariada. Na variedade brasileira, todos os grupos de fatores linguísticos e sociais controlados foram atuantes: escolaridade, saliência fônica verbal, tipo estrutural do sujeito/SN, paralelismo formal no nível oracional, gênero/sexo, posição do sujeito/SN em relação ao verbo, traço semântico do sujeito/SN, tipo de verbo (verbo ‘ser’ versus outros verbos), distância entre o sujeito/SN e o verbo em número de sílabas e presença ou ausência do ‘que’ relativo ou complementizador. Na variedade europeia, foram apenas seis os grupos de fatores selecionados: posição do sujeito/SN em relação ao verbo, traço semântico do sujeito/SN, tipo estrutural...