Escola cidadã: questão acerca da educação escolar em tempos de crise estrutural do capital

Detalhes bibliográficos
Ano de defesa: 2008
Autor(a) principal: Ferracioli, Marcelo Ubiali [UNESP]
Orientador(a): Não Informado pela instituição
Banca de defesa: Não Informado pela instituição
Tipo de documento: Dissertação
Tipo de acesso: Acesso aberto
Idioma: por
Instituição de defesa: Universidade Estadual Paulista (Unesp)
Programa de Pós-Graduação: Não Informado pela instituição
Departamento: Não Informado pela instituição
País: Não Informado pela instituição
Palavras-chave em Português:
Link de acesso: http://hdl.handle.net/11449/90342
Resumo: A presente pesquisa objetiva identificar e analisar criticamente a concepção de educação escolar da Escola Cidadã, um importante movimento político-pedagógico contemporâneo. É utilizada como fonte de pesquisa a coleção Guia da Escola Cidadã, onde se encontra sintetizada sua teoria educacional. No primeiro capítulo apresenta-se a história da Escola Cidadã, desde os anos de 1960 com a pedagogia da libertação de Paulo Freire, até o início do século XXI, quando já se consolidara como expressão significativa dos movimentos pela educação popular. No segundo capítulo sintetiza-se o ideário do movimento em questão e caracteriza-se sua concepção de educação escolar: não é um ato de transmissão e assimilação de conhecimento, mas uma mediação no sentido da formação global dos alunos, visando com que aprendam a aprender e melhor se qualifiquem para intervenções pessoais e coletivas, rumo à cidadania plena e planetária. Explicita-se assim a seguinte contradição: como entender a postura afirmativa da Escola Cidadã em prol do acesso ao conhecimento em relação à defesa que faz do “aprender a aprender” como essência do ato educativo? No terceiro capítulo, com base na filosofia marxista, na Psicologia Sócio-Histórica e na Pedagogia Histórico-Crítica, analisa-se esta contradição e aponta-se alguns limites intrínsecos a esta formulação da Escola Cidadã, em especial o esvaziamento dos conteúdos humano-genéricos e o conseqüente papel avesso à formação e emancipação humana no âmbito da educação escolar. Os resultados de pesquisa indicam que tal contradição interna à concepção analisada não pode ser superada sem a necessária negação da tentativa de conciliação entre a centralidade do “aprender a aprender” e a natureza do ensino escolar. Dessa forma, pode-se dizer que este é o equívoco teórico...