Protagonismo juvenil na Escola Cidadã Integral: da concepção às vivências.
Ano de defesa: | 2020 |
---|---|
Autor(a) principal: | |
Orientador(a): | |
Banca de defesa: | |
Tipo de documento: | Dissertação |
Tipo de acesso: | Acesso aberto |
Idioma: | por |
Instituição de defesa: |
Universidade Federal de Campina Grande
Brasil Centro de Humanidades - CH MESTRADO PROFISSIONAL DE SOCIOLOGIA EM REDE NACIONAL - CAMPINA GRANDE UFCG |
Programa de Pós-Graduação: |
Não Informado pela instituição
|
Departamento: |
Não Informado pela instituição
|
País: |
Não Informado pela instituição
|
Palavras-chave em Português: | |
Link de acesso: | http://dspace.sti.ufcg.edu.br:8080/jspui/handle/riufcg/17883 |
Resumo: | As políticas educacionais das últimas décadas, como o Plano Nacional de Educação – PNE, as mudanças na BNCC – Base Nacional Comum Curricular e a Reforma do Ensino Médio vêm contribuindo para transformações que influenciam cada vez mais o campo educacional brasileiro. A consolidação e ampliação das Escolas Cidadãs Integrais no Brasil se apresenta como um dos resultados dessas mudanças, as quais contribuem de forma substancial com o fortalecimento da lógica de mercado na gestão educacional. O Protagonismo Juvenil, enquanto metodologia e, juntamente com o componente curricular Projeto de Vida, constituem-se como eixos centrais no referido modelo de Escola. O objetivo desta pesquisa foi compreender a concepção de Protagonismo Juvenil para os/as jovens de uma Escola Cidadã Integral e Técnica – ECITE, assim como, analisar a abordagem dessa categoria pelo referido modelo de escola. Foram realizadas quatro entrevistas semiestruturadas e aplicados dezesseis questionários em uma Escola Cidadã Integral e Técnica - ECITE, em 2019, situada no município de João Pessoa/PB. Para análise e interpretação dos dados coletados, utilizamos a abordagem qualitativa da pesquisa social (MINAYO, 2016) e a análise de conteúdo, baseada em Bardin (1979) e Minayo (2016). Nosso trabalho trata de categorias, concepções e conceitos como Juventude, Protagonismo Juvenil, Educação e Escola Cidadã Integral. Partimos do pressuposto de pensar a categoria Juventude como construção social, utilizando como aporte teórico o autor BOURDIEU, 1983, assim como buscando compreender esses sujeitos sociais a partir de suas pluralidades e realidades vivenciadas, como parte de um processo mais amplo, em DAYRELL, 2003. Consideramos que, as ‘novas’ propostas educativas substituem o conceito de formação humana básica pela noção de competências individuais para o mercado, para isso, nos embasamos em FRIGOTTO; CIAVATTA, 2014. Verificamos que as instituições de ensino, inseridas nesse contexto, tendem a nortear suas ações neste sentido: o modelo educacional analisado, também é produto dessas mudanças e a Pedagogia das Competências, metodologia presente em seu pilar formativo, fundamenta essa afirmação. Observamos que o entendimento dos/as jovens a respeito do Protagonismo Juvenil está relacionado com a concepção neoliberal presente nos documentos e objetivos da Escola Cidadã Integral. Neste sentido, faz-se necessário reinterpretar o Protagonismo Juvenil a partir de uma abordagem mais enraizada de acordo com a origem do termo e contextualizá-la política, econômica e culturalmente, para além do espaço escolar. |