Efeito do protocolo clareador na degradação, alteração de pH, eficácia e segurança do gel de peróxido de hidrogênio

• Ano de defesa: 2019
• Autor(a) principal: Abreu, Fabrícia Stabile de Abreu [UNESP]
• Tipo de documento: Dissertação
• Tipo de acesso: Acesso aberto
• Idioma: por
• Instituição de defesa: Universidade Estadual Paulista (Unesp)
• Palavras-chave em Português: Clareamento; Esmalte; Degradação; Peróxido de hidrogênio; Bleaching; Enamel; Degradation; Hydrogen peroxide
• Link de acesso: http://hdl.handle.net/11449/181222

O objetivo deste estudo foi avaliar a degradação do peróxido de hidrogênio em altas concentrações (35-40%), durante uma simulação de sessão de clareamento de consultório, utilizando produtos comercialmente disponíveis com dois protocolos de aplicação. Foram medidas também a eficácia clareadora dos géis, a alteração de pH dos mesmos, bem como o potencial de alteração da microdureza e rugosidade superficial do esmalte. Para tal, espécimes de dentes bovinos em forma de disco com 4 mm de diâmetro e 2 mm de espessura (1 mm de esmalte e 1 mm de dentina) foram preparados para tal 105 espécimes, embutidos em resina acrílica, polidos e divididos nos seguintes grupos, de acordo com o tipo de gel clareador: Pola Office Plus (POP – SDI PH-37,5%), Opalescence Boost (OPB – Ultradent PH-40%) e Whiteness HP (WHP - FGM PH-35%). Cada grupo foi dividido em dois subgrupos conforme o protocolo de aplicação (n = 15): com e sem troca do gel clareador durante a sessão de clareamento. A alteração de cor das amostras foi medida por espectrofotometria de acordo com o sistema CIE L*a*b*, antes e após a sessão de clareamento. A superfície do esmalte foi analisada com microdurômetro e perfilômetro, para mensuração da microdureza Knoop (KHN) e rugosidade superficial (Ra). Outros 30 espécimes adicionais em dentes bovinos foram confeccionados para mensuração da concentração do peróxido de hidrogênio e pH. A concentração e pH dos géis foram medidos por meio da titulação com permanganato de potássio (KMnO4) e por um pHmetro e eletrodo específico, respectivamente, antes e após os referidos tempos de aplicação dos mesmos. A degradação dos géis foi calculada em função da concentração inicial. Os dados obtidos foram submetidos ao teste ANOVA e teste de comparações múltiplas de Tukey (5%). Todos os géis apresentaram eficácia clareadora semelhante (ΔE e ΔE00) comparando AU e AM. Não houve diferenças significativas entre as médias de KHN e Ra, comparando AU e AM para o mesmo gel. Embora a degradação do peróxido tenha aumentado significativamente com o tempo, as concentrações finais de géis ainda eram altas após 45 minutos (38,45%-OPB, 32,74%-WPB e 32,29%-POP). O pH diminuiu significativamente com o tempo (antes e após 45 minutos) para WHP (6,83±0,07 - 5,81±0,06) e POP (8,09±0,09 - 7,88±0,07). Para OPB, alterações mínimas foram observadas (7,82±0,11 - 7,87±0,07). Concluiu-se que houve diferenças significativas na degradação do peróxido e na alteração do pH durante a simulação de uma sessão no consultório. No entanto, estes foram mínimos e não interferiram com a eficácia do clareamento ou efeitos deletérios sobre o esmalte, portanto com potencialmente sem significado clínico. Portanto, para os produtos testados, não há necessidade de trocar o gel durante o protocolo de clareamento.