De posição em posição: os giros de discurso e a questão do saber na Educação em Saúde a partir de uma experiência junto a equipes da Estratégia Saúde da Família

Detalhes bibliográficos
Ano de defesa: 2009
Autor(a) principal: Fiochi, Paula Ione da Costa Quinterno [UNESP]
Orientador(a): Não Informado pela instituição
Banca de defesa: Não Informado pela instituição
Tipo de documento: Dissertação
Tipo de acesso: Acesso aberto
Idioma: por
Instituição de defesa: Universidade Estadual Paulista (Unesp)
Programa de Pós-Graduação: Não Informado pela instituição
Departamento: Não Informado pela instituição
País: Não Informado pela instituição
Palavras-chave em Português:
Link de acesso: http://hdl.handle.net/11449/97545
Resumo: Este trabalho discute as passagens de discurso produzidas em uma experiência de educação em saúde e prevenção às DST/HIV-Aids realizada junto a equipes da Estratégia Saúde da Família (ESF) a partir da teoria dos quatro discursos de Jacques Lacan. Baseado nos impossíveis freudianos, - a saber: governar, educar, analisar – Lacan estabelece os quatro discursos como laços sociais, uma forma de aparelhar a linguagem ao campo do gozo para que seja possível a relação do sujeito com o outro. São eles: Discurso do Mestre (governar), Discurso Universitário (educar), Discurso do Analista (analisar) e Discurso da Histérica (fazer desejar). Para tanto, dividimos este trabalho em três eixos de discussão. Realizamos uma revisão bibliográfica sobre o contexto das práticas educativas em Saúde e sua relação com a produção de saber e de sujeitos. Para leitura de nossa experiência utilizamos os operadores da psicanálise lacaniana. A partir de nosso material pessoal, elegemos uma equipe da ESF e apresentamos alguns fragmentos para ilustrar as passagens de discurso. Dialogamos com as práticas educativas em saúde e sua implicação com a questão do saber e da produção de sujeitos. Pode-se verificar que é pelo deslocamento (ou suspensão) do lugar de mestria, e do saber ocupado pelo educador, que os sujeitos a quem se dirigem podem vir a ocupar o lugar de agente do Discurso da Histérica, que é o único, segundo Lacan, capaz de produzir um saber do próprio sujeito, que se diferencia do saber enciclopédico do Discurso Universitário e de sua relação com o sujeito tomado como objeto. Não se trata de produzir um saber de conteúdo, mas sim um novo saber sobre o gozo. Para isso é preciso saber escutar a dimensão...