O internacional na visão do Partido dos Trabalhadores: trajetória, influências na política externa brasileira e na cooperação sul-americana em defesa

Detalhes bibliográficos
Ano de defesa: 2018
Autor(a) principal: Sousa, Victor Teodoro de [UNESP]
Orientador(a): Não Informado pela instituição
Banca de defesa: Não Informado pela instituição
Tipo de documento: Dissertação
Tipo de acesso: Acesso aberto
Idioma: por
Instituição de defesa: Universidade Estadual Paulista (Unesp)
Programa de Pós-Graduação: Não Informado pela instituição
Departamento: Não Informado pela instituição
País: Não Informado pela instituição
Palavras-chave em Português:
CDS
Link de acesso: http://hdl.handle.net/11449/152850
Resumo: Esta pesquisa objetiva compreender como o pensamento sobre questões internacionais desenvolvido pelo Partido dos Trabalhadores (PT) impactou na política externa do governo Lula da Silva (2003-2010). Utiliza-se as produções documentais resultantes dos Congressos, Encontros e Campanhas Presidenciais, produzidos pelo próprio partido entre os anos de 1979 e 2017, para analisar a evolução das discussões sobre a temática internacional. Apresenta-se, por meio de resenhas ano a ano, um panorama amplo sobre a evolução das bases programáticas do PT, evidenciando um processo de mudança identitária, ocorrida durante os anos de 1990 e culminando no início dos anos 2000. Esta mudança representa a ascensão de uma nova pauta em torno da liderança de Lula da Silva: o lulismo. A agenda desta corrente assume posição majoritária na condução do partido. Após a conquista da Presidência em 2002, esta influência é percebida sobre a atuação em política externa do governo. A ação assertiva e condicionantes de variadas matizes alçam o país a um certo protagonismo internacional e regional. O projeto de integração na América do Sul passa a ser um território de disputa entre dois modelos: o lulismo e o bolivarianismo chavista. Condicionantes conjunturais dão maior espaço à atuação brasileira na região. O país adota uma postura moderada e conciliatória no subcontinente sul-americano, ao passo que expressa uma posição reformista no plano internacional. Nesta seara são propostas as iniciativas da União de Nações Sul-Americanas (Unasul) e do Conselho de Defesa Sul-Americano (CDS), ambos em 2008. Dada a importância destes organismos para a integração sul-americana, analisamos o impacto das disputas entre os diferentes projetos políticos para a região e da política externa adotada pelo governo Lula para a integração em defesa. Conclui-se que a dinâmica de disputa regional impulsionou as iniciativas de integração, tendo um papel importante para a consolidação de um espaço de diálogo e concertação, representado por estes órgãos. O Brasil destaca-se como figura central neste processo, pela posição moderadora e pragmática que adotou e do projeto político interno que desenvolveu.