Detalhes bibliográficos
Ano de defesa: |
2016 |
Autor(a) principal: |
Scarim, Cauê Benito [UNESP] |
Orientador(a): |
Não Informado pela instituição |
Banca de defesa: |
Não Informado pela instituição |
Tipo de documento: |
Dissertação
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Tipo de acesso: |
Acesso aberto |
Idioma: |
por |
Instituição de defesa: |
Universidade Estadual Paulista (Unesp)
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Programa de Pós-Graduação: |
Não Informado pela instituição
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Departamento: |
Não Informado pela instituição
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País: |
Não Informado pela instituição
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Palavras-chave em Português: |
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Link de acesso: |
http://hdl.handle.net/11449/136197
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Resumo: |
A tripanosomíase americana ou doença de Chagas é uma zoonose endêmica em 21 países das Américas do Sul e Central, apontada como uma grave doença parasitária resultante da infecção pelo parasito hemoflagelado denominado Trypanosoma cruzi que utilizam insetos triatomíneos como vetores. Existem dois fármacos para o tratamento dessa enfermidade, o nifurtimox (NFX) e o benznidazol (BNZ), ativos apenas na fase aguda da doença, sendo que no Brasil apenas o BNZ é comercializado. Em busca de novas alternativas para o tratamento, destaca-se o hidroximetilnitrolfural (NFOH), ativo contra as formas tripomastigotas e amastigotas em ensaio in vitro e in vivo. O objetivo deste trabalho foi realizar ensaios in vivo em camundongos Balb/c, na fase crônica da doença de Chagas. Neste sentido foi padronizado o ensaio em fase crônica, utilizando a cepa Y de T.cruzi, com inóculos de 102 formas tripomastigotas. Os animais foram tratados durante 60 dias com NFOH e BNZ seguido de imunossupressão induzida por dexametasona durante 14 dias. Ao final do protocolo os animais foram eutanasiados, pesados, realizado as análises bioquímicas (TGO, TGP, CK–MB, e GGT) e histopatológica. Os resultados demonstraram que nos animais tratados com NFOH e BZN não foi observada a reativação da parasitemia após a imunossupressão, enquanto no controle positivo houve reativação em 55,5% dos animais. Os ensaios bioquímicos não demonstraram alteração nos valores em todos os grupos. Os pesos relativos bem como a análise macroscópica do coração, vesícula biliar, baço e rins do grupo NFOH foram similares ao grupo controle negativo enquanto o grupo BZN foi semelhante ao grupo controle positivo. Na analise histopatológica, o grupo NFOH apresentou apenas a presença de um amastigota em um coração dentre oito animais (1/8) enquanto o grupo BZN foi observado presença de um à dois ninhos em quatro corações (4/8) e no fígado (1/8) comparados com o controle positivo, em que observou-se a presença e inúmeros ninhos amastigotas no coração (5/9) e também no fígado (2/9). Foi observada, também, a presença de ninhos de amastigotas em torno do plexo intestinal do grupo controle positivo (1/9), mas ausente no grupo NFOH, sugerindo que o NFOH é um potencial candidato a fármaco para utilização em fase crônica da doença de Chagas. |