Detalhes bibliográficos
Ano de defesa: |
2020 |
Autor(a) principal: |
Almeida, Ana Carolina Ortegal [UNESP] |
Orientador(a): |
Não Informado pela instituição |
Banca de defesa: |
Não Informado pela instituição |
Tipo de documento: |
Tese
|
Tipo de acesso: |
Acesso aberto |
Idioma: |
por |
Instituição de defesa: |
Universidade Estadual Paulista (Unesp)
|
Programa de Pós-Graduação: |
Não Informado pela instituição
|
Departamento: |
Não Informado pela instituição
|
País: |
Não Informado pela instituição
|
Palavras-chave em Português: |
|
Link de acesso: |
http://hdl.handle.net/11449/194467
|
Resumo: |
Brachiaria spp. é a forragem tropical mais cultivada em vários países; no entanto, muitos relatos de doenças foram descritos em animais devido à toxicidade das saponinas esteroidais presentes na planta. Essas toxinas causam danos principalmente no fígado, que pode apresentar várias lesões histopatológicas, incluindo infiltrados de células de citoplasma espumoso, conhecidas como macrófagos espumosos (ME) e fibrose. A fibrose hepática ocorre principalmente após ativação das células estreladas hepáticas (CEHs) em miofibroblastos fibrogênicos. O objetivo deste estudo foi investigar a ativação de CEHs para verificar a possível associação entre macrófagos espumosos e fibrose hepática em bovinos mantidos em pastagem de Brachiaria. Fragmentos de fígado de bovinos alimentados com Brachiaria spp. foram coletados em um abatedouro e destes, 48 foram selecionados na análise histológica considerando a presença de infiltrados de macrófagos espumosos. As amostras foram divididas em 4 escores/grupos (12 animais por grupo), de acordo com a quantidade e tamanho dos infiltrados de macrófagos espumosos no parênquima hepático: 0= ausência de ME e lesões histológicas; 1= discreto; 2= moderado; 3= acentuado. As amostras foram submetidas à análise histopatológica (Hematoxilina e Eosina - HE; Tricrômico de Masson – TM para avaliar a deposição de colágeno) e imuno-histoquímica (α-SMA; CD163). A análise histopatológica revelou infiltrados inflamatórios mononucleares nos tratos portais e fibrose capsular discreta como as lesões mais frequentes. O TM exibiu fibrose discreta a moderada, geralmente envolvendo grupos de macrófagos espumosos, em regiões subcapsulares ou periportais. Houve diferença estatística significante entre os grupos de infiltrados de macrófagos espumosos e a porcentagem de fibrose (p= 0,001) e imunomarcação de CEHs (p= 0,002). Fígados com escore 3 apresentaram maior porcentagem de fibrose e ativação de CEHs quando comparado ao grupo 0, e houve correlação entre estas variáveis e os grupos/escores de macrófagos espumosos. A avaliação de CD163 não revelou alteração de marcação de células de Kupffer entre os grupos, porém revelou grande variação da expressão deste receptor entre os macrófagos espumosos. Não houve correlação entre a expressão de CD163 em macrófagos espumosos e a fibrose hepática. Este estudo conclui que uma quantidade maior de macrófagos espumosos pode estimular a fibrose hepática através da ativação de CEHs, sendo este achado concordante com a literatura que sugere injúria hepática crônica e fibrose em fígados de bovinos alimentados com Brachiaria spp. Os macrófagos espumosos associados à ingestão desta pastagem, apresentam ainda, variação evidente da expressão de CD163, sendo esta expressão maior em grupos com maior quantidade destas células. |