Análise semiótica sobre leitura no Saeb para o Ensino Fundamental
Ano de defesa: | 2024 |
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Autor(a) principal: | |
Orientador(a): | |
Banca de defesa: | |
Tipo de documento: | Tese |
Tipo de acesso: | Acesso aberto |
Idioma: | por |
Instituição de defesa: |
Universidade Estadual Paulista (Unesp)
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Programa de Pós-Graduação: |
Não Informado pela instituição
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Departamento: |
Não Informado pela instituição
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País: |
Não Informado pela instituição
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Palavras-chave em Português: | |
Link de acesso: | https://hdl.handle.net/11449/258137 http://lattes.cnpq.br/5270008121586634 |
Resumo: | Este trabalho visa refletir sobre o processo de formação de leitores no ensino fundamental por meio da análise do Sistema de Avaliação da Educação Básica (Saeb). Fundamentada na teoria da semiótica discursiva, esta pesquisa trabalha com documentos que marcaram mudanças metodológicas e conceituais desde a criação desse sistema até o ano de 2017 (última edição do Saeb, antes das alterações realizadas em virtude da Base Nacional Comum Curricular – BNCC), a saber: “Saeb – Sistema Nacional de Avaliação da Educação Básica: objetivos, diretrizes, produtos e resultados” (1994); “Matrizes curriculares de referência para o Saeb” (1997); “Saeb 2001: novas perspectivas” (2001), “Relatório Saeb 2001” (2002) e, finalmente, o “Relatório Saeb 2017” (2019). Sob nosso ponto de vista, essa avaliação institucionaliza um perfil de leitor, uma concepção de leitura e, por conseguinte, as concepções de texto e de discurso que se estabelecem em uma dada cultura (nas salas de aula e na sociedade de modo geral). Em nome da busca pela qualidade educacional, o Saeb apresenta em seus princípios a busca pela eficiência e pela eficácia fundadoras da cultura do desempenho. Nesse sentido, o que significa ser um leitor proficiente? Ao pensar em uma educação humanizadora voltada à formação de cidadãos críticos, indagamo-nos sobre como a semiótica discursiva poderia contribuir na formação desses leitores desde o ensino fundamental? Seria possível estabelecer um conceito de competência leitora fundamentado na semiótica discursiva? Para tal, apoiamo-nos em autores como Greimas (1975, 1979, 2014); Greimas e Fontanille (1993); Greimas e Courtés (2021); Cortina (2000; 2006); Barros (1994, 2002, 2005, 2019); Fiorin (1990, 1998, 2002, 2004, 2012); Fontanille (1987,1999, 2008); Floch (1985, 1990); Pietroforte (2004, 2006) Oliveira e Teixeira (2009). A partir deles, tecemos nossas hipóteses sobre o que seria a competência leitora na perspectiva semiótica, dividindo-a em duas etapas: uma de decodificação e outra referente aos mecanismos intra e interdiscursivos. Apresentamos também o conceito de leitura como um processo de interpretação que, por meio do entrelaçamento de duas consciências discursivas (a do texto lido e a de seu leitor) gera outro texto (Cortina, 2000). Além disso, após analisarmos a matriz de referência e a escala de proficiência do Saeb, apontamos algumas possibilidades de leitura no Saeb, considerando não apenas os textos verbais, mas também os visuais e os verbovisuais como relevantes para a formação de leitores desde o ensino fundamental. Almejamos com este estudo contribuir para o aprimoramento da oferta de uma educação de qualidade, bem como para a diminuição das desigualdades sociais. |