Concepções de estudantes de pedagogia sobre educação inclusiva e educação especial e suas atitudes sociais em relação à inclusão

Detalhes bibliográficos
Ano de defesa: 2016
Autor(a) principal: Marinho, Carla Cristina [UNESP]
Orientador(a): Não Informado pela instituição
Banca de defesa: Não Informado pela instituição
Tipo de documento: Dissertação
Tipo de acesso: Acesso aberto
Idioma: por
Instituição de defesa: Universidade Estadual Paulista (Unesp)
Programa de Pós-Graduação: Não Informado pela instituição
Departamento: Não Informado pela instituição
País: Não Informado pela instituição
Palavras-chave em Português:
Link de acesso: http://hdl.handle.net/11449/144631
Resumo: Na presente pesquisa tivemos por objetivo verificar a relação entre as concepções de Educação Inclusiva, as de Educação Especial, as atitudes sociais de estudantes do curso de Pedagogia da UNESP de Marília em relação à Inclusão, e a matriz curricular do referido curso. Participaram 177 estudantes de Pedagogia. Utilizamos duas escalas de mensuração: a Escala de Concepções acerca de Educação Inclusiva e Educação Especial e a Escala Likert de Atitudes Sociais em relação à Inclusão. Na primeira etapa de coleta de dados, aplicamos os instrumentos à 107 estudantes do 1º ano no início do primeiro semestre e à 70 estudantes do 4º ano no início do segundo semestre, isto é, início dos três aprofundamentos ofertados pelo curso. Na segunda etapa, reaplicados os instrumentos à 48 estudantes do 4º ano ao final do segundo semestre, isto é, ao final dos aprofundamentos. Calculamos os escores individuais dos participantes nas escalas e realizamos comparações dos escores dos grupos mediante os testes de Mann-Whitney, de Friedman e de Wilcoxon. Em cada um dos grupos fizemos a correlação dos escores dos dados dos dois instrumentos, a partir do cálculo do coeficiente de Spearman. Constatamos que a concepção de Educação Inclusiva como sinonímia da expressão educação de qualidade e a de Educação Especial como modalidade de ensino transversal foram as concepções predominantes no 1º e 4º anos. Entretanto, o grupo de estudantes do 1º ano parece ter menos clareza sobre os dois conceitos em questão, visto que os escores deles referentes à concepção de Educação Inclusiva como sinonímia da expressão inclusão escolar de pessoas com deficiência e de Educação Especial como modalidade educacional excludente foram significantemente maiores que os do 4º ano. Além disso, os estudantes do 1º ano apresentaram atitudes sociais em relação à Inclusão menos favoráveis comparativamente as do 4º ano. Os escores dos estudantes do 4º ano referentes à concepção de Educação Inclusiva como sinonímia da expressão inclusão escolar e de Educação Especial como modalidade educacional excludente foram significativamente maiores ao final dos aprofundamentos que no início. Diferentemente, os escores desse grupo referentes à concepção de Educação Inclusiva como sinonímia da expressão educação de qualidade foram significativamente maiores no início dos aprofundamentos que ao final. Quanto às atitudes sociais em relação à Inclusão, verificamos que os estudantes do 4º ano não apresentaram atitudes sociais em relação à Inclusão significativamente diferentes no início e ao final dos aprofundamentos. Somente no grupo de estudantes do 4º ano foi encontrada correlação estatisticamente significante entre a concepção de Educação Inclusiva como sinonímia da expressão inclusão escolar de pessoas com deficiência e a concepção de Educação Especial como modalidade educacional específica, assim como entre a concepção de Educação Inclusiva como sinonímia da expressão educação de qualidade e a concepção de Educação Especial como modalidade de ensino transversal. O conhecimento apresentado pelos docentes do curso de Pedagogia da UNESP de Marília mediante a matriz curricular parece exercer algum efeito nas concepções dos estudantes sobre Educação Inclusiva e Educação Especial, bem como em suas atitudes sociais em relação à Inclusão.