Avaliação do pH e atividade antimicrobiana/antibiofilme de novas medicações intracanal à base de hidróxido de cálcio associadas a óleos essenciais

Detalhes bibliográficos
Ano de defesa: 2018
Autor(a) principal: Vital, Patrícia Conde [UNESP]
Orientador(a): Não Informado pela instituição
Banca de defesa: Não Informado pela instituição
Tipo de documento: Dissertação
Tipo de acesso: Acesso aberto
Idioma: por
Instituição de defesa: Universidade Estadual Paulista (Unesp)
Programa de Pós-Graduação: Não Informado pela instituição
Departamento: Não Informado pela instituição
País: Não Informado pela instituição
Palavras-chave em Português:
Link de acesso: http://hdl.handle.net/11449/153938
Resumo: Micro-organismos resistentes dificultam a atuação de medicações intracanal à base de hidróxido de cálcio. Óleos essenciais podem ser usados para aumentar a atividade antimicrobiana. O objetivo do presente estudo foi avaliar o pH e atividade antimicrobiana/antibiofilme de medicações intracanal à base de hidróxido de cálcio (HC) associadas aos óleos essenciais, Lemongrass e Thyme, em comparação às associações com clorexidina (CLX) e paramonoclorofenol canforado (PMCC). As medicações intracanal (MICs) avaliadas foram: Calen® + Lemongrass (HC-LE), Calen® + Thyme (HC-TH), Calen® (HC), Calen PMCC® (HC-PMCC) e Calen® + CLX (HC-CLX.) O estudo foi dividido em duas publicações. Publicação 1- avaliou o pH e a atividade antibacteriana sobre Enterococcus faecalis. O pH foi avaliado nos períodos de 12 h, 1, 3, 7, 14, 21 e 28 dias. A efetividade antibacteriana foi avaliada após contaminação por 21 dias dos canais radiculares de dentes humanos extraídos. Foram realizadas 3 coletas para a contagem de UFC mL-1 : C1- após contaminação, C2- após 7 dias com MICs e C3- após 7 dias da remoção das MICs. Os dados foram submetidos aos testes estatisticos de ANOVA e Tukey ou Kruskal-Wallis e Dunn (α=0,05). Maior pH ocorreu nos períodos iniciais (12 h - 7 dias). Todas as MICs promoveram pH alcalino sem diferença entre elas (p<0,05). Todas as MICs avaliadas demonstraram atividade antibacteriana. No entanto, associações aos óleos essenciais demonstraram menor contagem bacteriana de proximadamente 10,57% em comparação ao controle positivo (sem MIC). Publicação 2- avaliou a capacidade de difusão de íons hidroxila e a atividade antibiofilme sobre E. faecalis. A difusão de íons hidroxila em dentina bovina foi avaliada após preenchimento de canais radiculares com as MICs e mensuração do pH nos períodos de 1, 3, 7, 14, 21 e 28 dias. A avaliação da atividade antibiofilme foi realizada por meio do teste de contato direto sobre E. faecalis utilizando blocos de dentina radicular bovina. A análise foi realizada pela contagem de UFC mL-1 . Os dados foram analisados estatisticamente por meio dos testes ANOVA e Tukey (α=0,05). HC-PMCC apresentou maior pH no período de 1 dia que as demais MICs (p<0,05). A partir de 14 dias, as MICs não apresentaram diferença estatística significativa entre elas (p>0,05). Todas as MICs promoveram diminuição da contagem bacteriana sobre biofilme de E. faecalis em comparação ao controle positivo, com destaque para as associações com LE e TH que mostraram maior redução (p<0,0001). Conclui-se que a adição dos óleos essenciais Lemongrass e Thyme mantem o pH alcalino do HC (Calen®), sendo similar às associações com CLX e PMCC e promove maior efetividade antibacteriana ex vivo contra E. faecalis. Os óleos essenciais não impedem a capacidade de difusão de íons hidroxila das MICs à base de HC, mantendo o pH alcalino e são capazes de atuar sobre biofilme de E. faecalis.