Instrumento para avaliar a qualidade espacial de praças: estudo em praças de áreas centrais

Detalhes bibliográficos
Ano de defesa: 2020
Autor(a) principal: Silva, Renata Braga Aguilar da
Orientador(a): Não Informado pela instituição
Banca de defesa: Não Informado pela instituição
Tipo de documento: Dissertação
Tipo de acesso: Acesso aberto
Idioma: por
Instituição de defesa: Universidade Estadual Paulista (Unesp)
Programa de Pós-Graduação: Não Informado pela instituição
Departamento: Não Informado pela instituição
País: Não Informado pela instituição
Palavras-chave em Português:
Link de acesso: http://hdl.handle.net/11449/192650
Resumo: A praça tem um significado importante na história das cidades brasileiras, pois reflete a cultura e os costumes da sociedade ao longo dos anos. Como elemento de convívio e de integração do espaço urbano, deve promover o encontro, a diversidade e a circulação segura e eficiente. Formada por elementos morfológicos e aspectos positivos e negativos, os diferentes tipos de configuração espacial e composição podem influenciar na qualidade espacial e permanência dos usuários nesse local. Entender como esses elementos são percebidos tanto por pesquisadores quanto pelos usuários pode ser o primeiro passo para identificar quais elementos físicos e morfológicos podem contribuir, ou não, para a escolha dos usuários em permanecer e usufruir desse local. Neste contexto, o objetivo desta pesquisa é propor um instrumento para avaliar a qualidade espacial de praças, a partir dos elementos físicos e morfológicos que compõe quatro planos bidimensionais da praça e de seu entorno imediato (praça, calçada, rua e fachada) e que envolvem os usuários no espaço público. A metodologia consiste na aplicação de multimétodos, sendo o instrumento composto por quatro fases de avaliação: (i) análise dos aspectos físicos dos planos bidimensionais que envolvem os usuários (praça, calçada, rua e fachada), por meio de indicadores de desempenho e um índice denominado Índice de Qualidade Espacial de Praças (IQEP); (ii) análise da influência da forma, dos aspectos e elementos morfológicos da praça e de seu entorno imediato relacionados a legibilidade espacial (desempenho topoceptivo); (iii) identificação dos principais usos, comportamentos e atividades a partir observações (mapa comportamental); e, (iv) identificação do nível de satisfação dos usuários em relação a utilização do espaço da praça e de seu entorno. O instrumento foi aplicado nas praças centrais das cidades de Tupã – SP e Paraguaçu Paulista – SP, cidades de pequeno porte, com grande fluxo de pedestre, com diferentes tipos de atividades e objetivos. Os resultados apontam para a efetividade do instrumento em identificar os problemas enfrentados por usuários em espaços públicos como ausência de equipamentos de lazer, mobiliário urbano - bebedouros, sinalizações e informações mínimas para os pedestres. Os resultados obtidos na aplicação desse instrumento induzem a uma reflexão crítica sobre o tipo de praça que está sendo projetada e implantada nas cidades brasileiras. A aplicação do instrumento proposto mostrou que ele permite que gestores municipais possam identificar pontualmente os problemas urbanos associados ao espaço público, propor e implementar soluções a curto e médio prazo, a fim de melhorar a qualidade espacial destes ambientes.