Efetividade do treinamento físico para a composição corporal, variáveis metabólicas e qualidade de vida de mulheres pós menopáusicas em tratamento para câncer de mama com inibidores da aromatase

Detalhes bibliográficos
Ano de defesa: 2017
Autor(a) principal: Paulo, Thais Reis Silva de [UNESP]
Orientador(a): Não Informado pela instituição
Banca de defesa: Não Informado pela instituição
Tipo de documento: Tese
Tipo de acesso: Acesso aberto
Idioma: por
Instituição de defesa: Universidade Estadual Paulista (Unesp)
Programa de Pós-Graduação: Não Informado pela instituição
Departamento: Não Informado pela instituição
País: Não Informado pela instituição
Palavras-chave em Português:
Link de acesso: http://hdl.handle.net/11449/151364
Resumo: Introdução: O câncer de mama é uma doença multifatorial com vários tipos de tratamento, dentre eles, a quimioterapia, radioterapia e a hormonioterapia. Os inibidores de aromatase fazem parte do tratamento endócrino e são considerados medicamentos efetivos para o câncer de mama, que promovem menos chances de recidiva e metástase. No entanto, efeitos colaterais do tratamento para o câncer são vários, dentre eles mudanças na composição corporal (diminuição da densidade mineral óssea e aumento do percentual de gordura), disfunção metabólica e piora da qualidade de vida. Sendo assim, o treinamento combinado (resistido + aeróbio) pode ser uma estratégia interessante para minimizar os efeitos colaterais do tratamento para o câncer de mama e promover melhoras nestas variáveis. Objetivo: Analisar o efeito crônico do treinamento combinado sobre a composição corporal, variáveis metabólicas e qualidade de vida de mulheres pós menopáusicas, que fazem tratamento para o câncer de mama com inibidores da aromatase. Métodos: A amostra foi formada por mulheres pós menopáusicas que tiveram câncer de mama e que usavam inibidores de aromatase distribuídas em dois grupos: grupo intervenção (treinamento combinado) e grupo controle (alongamento). Foram realizadas as seguintes avaliações: composição corporal estimada pelo DEXA – Absorciometria de Raios-X de Dupla Energia, para as variáveis gordura corporal, massa magra e densidade mineral óssea, análises bioquímicas de sangue: colesterol total e frações (HDL, LDL, não HDL), triacilglicerol, glicemia, PCR, marcadores ósseos (CTX e osteocalcina) e qualidade de vida. A intervenção foi com treinamento combinado (aeróbio e resistido), três vezes semanais, com exercícios resistidos realizados em máquinas (40 minutos/sessão), seguido do treinamento aeróbio em esteira elétrica (30 minutos/sessão). A intervenção durou nove meses e as avaliações foram feitas nos momentos inicial, três, seis e nove meses após iniciada a intervenção. As análises estatísticas foram realizadas de Anova Two-way - medidas repetidas, utilizando software estatístico SPSS versão 24.0, com significância em 5%. Resultados: De acordo com as análises, o treinamento combinado foi efetivo para promover alterações na composição corporal (diminuição da massa total; da gordura corporal total, % gordura total e de tronco), variáveis metabólicas (diminuição do LDL), além de promover benefícios na qualidade de vida. Quando comparado com o grupo controle, não foram observadas diferenças nas variáveis relacionadas a densidade mineral óssea com o treinamento. Conclusão: Concluiu-se que o treinamento combinado deve ser recomendado como forma de tratamento não-farmacológico para mulheres pós menopáusicas com câncer de mama em uso de inibidores da aromatase. O treinamento combinado, também pode ser considerado uma estratégia importante para melhorar a saúde e qualidade de vida, como também, minimizar os efeitos colaterais do tratamento para o câncer de mama e diminuir os impactos causados pela menopausa e pelo processo de envelhecimento.