Detalhes bibliográficos
Ano de defesa: |
2022 |
Autor(a) principal: |
Alves, Camila Albuquerque |
Orientador(a): |
Não Informado pela instituição |
Banca de defesa: |
Não Informado pela instituição |
Tipo de documento: |
Dissertação
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Tipo de acesso: |
Acesso aberto |
Idioma: |
por |
Instituição de defesa: |
Universidade Estadual Paulista (Unesp)
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Programa de Pós-Graduação: |
Não Informado pela instituição
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Departamento: |
Não Informado pela instituição
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País: |
Não Informado pela instituição
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Palavras-chave em Português: |
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Link de acesso: |
http://hdl.handle.net/11449/234637
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Resumo: |
A diálise peritoneal (DP) não planejada é uma importante opção de tratamento para pacientes com doença renal crônica (DRC) em estágio final e que requerem terapia renal substitutiva (TRS) de início urgente, uma vez que oferece aos pacientes a conveniência do tratamento domiciliar. Objetivos: Analisar e avaliar o programa de DP de início urgente em hospital universitário paulista e implantar o programa em dois outros municípios brasileiros carentes de vagas de hemodiálise (HD). Metodologia: Estudo de coorte retrospectivo e prospectivo, multicêntrico que avaliou pacientes incidentes em DP de três hospitais, cujo início do tratamento dialítico ocorreu de forma urgente no período de julho de 2014 a julho de 2020. Foram incluídos pacientes com DRC estádio 5 que necessitaram de tratamento dialítico imediato, sem acesso vascular definitivo. DP urgent start foi definida como início do método em até 48 horas após o implante do cateter. Os pacientes foram acompanhados desde o momento do implante do cateter e início do método até o período mínimo de 180 dias de terapia e avaliado quanto aos desfechos: óbito, mudança de método devido à falência de técnica e complicações infecciosas ou mecânicas sem sucesso com o tratamento instituído. Resultados: Durante 6 anos foram incluídos o total de 370 pacientes nos três serviços, com idade de 57,8±16,32 anos, sendo a nefropatia diabética a principal doença de base (35,1%) e a uremia a principal causa de indicação de diálise (81,1%). Em 64,9% dos pacientes foi realizado visita domiciliar, 24,3% apresentaram complicações mecânicas, 27,3% tiveram peritonites, falência de técnica ocorreu em 28,01% e a mortalidade foi de 17,8%. A mediana e quartis de complicações mecânicas, infecciosas (peritonite e IOS) e de sobrevida foram de 212 (34,50 - 511,00), 247 (68,75 - 496,50), 212 (42,00-445,00) e 350 (112,75 - 625,50) dias, respectivamente. A regressão logística identificou como fatores associados às peritonites a necessidade de internação (OR=2,29, IC=1,32-3,98 e p=0,003) e presença de IOS (OR=1,12, IC=1,07-1,34 e p=0,002); associados à falência de técnica a presença peritonite (OR= 2,50, IC=1,46-4,26 e p<0,001) e de complicação mecânica (OR=2,17,IC=1,28-3,70 e p=0,004); e associados ao óbito a idade (OR=1,04,IC=1,02-1,07 e p<0,001), necessidade de internação (OR= 2,28, IC=1,20-4,34 e p=0,012) e bacteremia (OR=3,99, IC=1,23-12,90 e p=0,021). Foi observado crescimento de no mínimo 140% no número de pacientes realizando DP em cada centro. Conclusão: A DP tem se mostrado um tratamento viável para pacientes com necessidade de diálise de início urgente, podendo assim ser uma importante ferramenta para escassez de vagas para HD. |