Imaginação pedagógica e educação inclusiva: possibilidades para a formação de professores de matemática

Detalhes bibliográficos
Ano de defesa: 2022
Autor(a) principal: Lima, Priscila Coelho
Orientador(a): Não Informado pela instituição
Banca de defesa: Não Informado pela instituição
Tipo de documento: Tese
Tipo de acesso: Acesso aberto
Idioma: por
Instituição de defesa: Universidade Estadual Paulista (Unesp)
Programa de Pós-Graduação: Não Informado pela instituição
Departamento: Não Informado pela instituição
País: Não Informado pela instituição
Palavras-chave em Português:
Link de acesso: http://hdl.handle.net/11449/234464
Resumo: A pesquisa teve por objetivo compreender o que se mostra em um processo de Imaginação Pedagógica, realizado por licenciandos em Matemática, quando imaginavam aulas de Matemática guiados pela perspectiva da Educação Inclusiva. De maneira específica, o olhar esteve voltado para dois pontos: verificar o que se mostrava em termos de possibilidades de ação em sala de aula e para o ensino de Matemática; e o que se mostrava para a formação de professores em inclusão e justiça social. Para a produção dos dados foi proposto um grupo de estudos sobre Educação Matemática e Inclusão para estudantes de um curso de licenciatura em Matemática da cidade de São José dos Campos-SP. Ao todo, 21 licenciandos participaram. Ocorreram 12 encontros, agrupados em duas partes. A Parte 1, voltada a estudos e discussões sobre Educação Inclusiva. Na Parte 2, os participantes foram convidados a imaginar aulas de Matemática em uma perspectiva inclusiva, para classes em que estivessem presentes ao menos um aluno com deficiência. Os encontros foram gravados em áudio e vídeo. A análise dos dados mostrou que as aulas imaginadas apresentavam características dos Cenários para Investigação Inclusivos: aulas acessíveis a todos os estudantes, facilitavam colaborações, incentivavam o diálogo e abriam espaço para investigações. Para os participantes, uma aula de Matemática inclusiva era, acima de tudo, um espaço onde ninguém é excluído, todos os estudantes podem estar juntos, dialogando e se ajudando mutuamente, independentemente de suas especificidades. Aulas de Matemática como espaço para encontro entre diferenças. Para a Imaginação Pedagógica, a Parte 1 se mostrou essencial para fornecer embasamento teórico sobre a perspectiva de Educação Inclusiva segundo a qual as aulas seriam imaginadas. A Imaginação Pedagógica não se resumiu à elaboração de um plano de aulas. Envolveu imaginar a escola, as classes e os alunos com os quais iriam trabalhar, para o que foi essencial o resgate e compartilhamento de vivências pessoais e escolares. A Imaginação Pedagógica coletiva incentivou o compartilhamento de saberes docentes de cada participante. O grupo de estudos possibilitou a constituição de novos saberes docentes, relacionados a aulas de Matemática em uma perspectiva inclusiva. Permitiu a reflexão coletiva sobre situações de desigualdade, exclusão e preconceito. Os participantes buscaram um ensino centrado no aluno, que respeitasse as especificidades e condições de cada um. Desse modo, o processo de Imaginação Pedagógica se aproximou de uma formação de professores para a justiça social. A Imaginação Pedagógica se mostrou como uma possibilidade para a formação de professores por permitir que licenciandos pensem em alternativas para uma situação, no caso desta pesquisa, aulas de Matemática inclusivas. Ela é livre, permite que se vá além do que é dado para explorar possibilidades.