Avaliação: concepções teóricas e práticas no cotidiano da educação infantil e suas implicações

Detalhes bibliográficos
Ano de defesa: 2016
Autor(a) principal: Castilho, Vanessa Maria Redígolo [UNESP]
Orientador(a): Não Informado pela instituição
Banca de defesa: Não Informado pela instituição
Tipo de documento: Dissertação
Tipo de acesso: Acesso aberto
Idioma: por
Instituição de defesa: Universidade Estadual Paulista (Unesp)
Programa de Pós-Graduação: Não Informado pela instituição
Departamento: Não Informado pela instituição
País: Não Informado pela instituição
Palavras-chave em Português:
Link de acesso: http://hdl.handle.net/11449/144624
Resumo: A pesquisa intitulada “Avaliação: Concepções teóricas e práticas no cotidiano da Educação Infantil e suas implicações” integra o Programa de Pós-Graduação de Mestrado em Educação da Faculdade de Ciências e Tecnologia da Universidade Estadual Paulista “Júlio de Mesquita Filho”, na linha de pesquisa “Processos formativos, infância e juventude”, e tem como objeto de estudo a avaliação da aprendizagem e desenvolvimento na Educação Infantil. Apresenta como objetivo identificar e analisar as concepções sobre avaliação, dos professores e coordenadora que atuam na primeira etapa da Educação Infantil, especificamente na modalidade creche, no agrupamento do maternal (03 anos), buscando constatar se a finalidade do processo avaliativo, nas práticas desenvolvidas com as crianças, é pautada tendo em vista seu desenvolvimento e aprendizagem. A fundamentação teórica se baseia em diversos autores nacionais e internacionais que discutem essa temática. A metodologia utilizada neste trabalho apresenta um enfoque qualitativo. Foi realizado um estudo de caso, cujo campo de investigação ocorreu em uma Escola Municipal de Educação Infantil construída no âmbito do Programa Nacional de Reestruturação e Aparelhagem da Rede Escolar Pública de Educação Infantil (Proinfância). Os participantes da pesquisa foram a coordenadora pedagógica e quatro professoras que atuam nas turmas do Maternal II, compostas por crianças na faixa etária de 3 anos. Para a recolha de dados, usaram-se como instrumentos a observação estruturada, questionário, relatos dos professores e gestor, documentos, registros escritos e fotográficos, portfólios e toda forma de avaliação adotada pela instituição. Concomitantemente, buscou-se analisar o processo avaliativo explicitado no projeto pedagógico da instituição e nos registros, em contraposição com a prática manifesta. Os resultados alcançados revelam que os conhecimentos teóricos e práticos adquiridos na formação inicial não são suficientes para subsidiar a prática pedagógica no processo de avaliação das crianças que se encontram na Educação Infantil. Em relação à formação continuada dos profissionais, percebeu-se que a mesma tem importância vital para qualificá-los, porém, é necessário que as temáticas discutidas nos cursos se pautem nas necessidades do profissional da educação, através de formações que procurem auxiliar o docente a refletir e a enfrentar as adversidades vivenciadas na prática. A análise dos documentos mostrou que o Projeto Político-Pedagógico e a Proposta Pedagógica precisam destacar a importância da avaliação, explicitando como esta será efetivada e assegurando a participação dos profissionais da escola e da comunidade. Quanto à finalidade da avaliação, os profissionais reconhecem que ela possui especificidades próprias e que deve ser feita tendo-se em vista o desenvolvimento e a aprendizagem da criança. As professoras, ao realizar a avaliação, adotam diversos instrumentos de registros: cadernos de registro diário, portfólio, diário do professor, agenda individual das crianças e outros. Os portfólios são muito bem elaborados, destacando as experiências das crianças e a apreciação das atividades; os registros, por sua vez, apesar de descreverem as atividades, não relatam as particularidades das crianças. As dificuldades enfatizadas pelas professoras no processo avaliativo são oriundas da falta de tempo e dificuldade para elaborar o registro diário, falta de envolvimento de alguns membros das famílias das crianças, quantidade de crianças que dividem a mesma sala, dificuldades em entender o comportamento das crianças etc. No que concerne ao comportamento da criança, é importante que o mesmo seja estudado e refletido com todos os profissionais, assim como as concepções de infância, aspectos do desenvolvimento e evolução da aprendizagem. Observa-se uma interação favorável entre crianças e professores, a qual revela uma relação de afetividade. A instituição prioriza o contato com as famílias e cria estratégias para que possam acompanhar a evolução das crianças. Verifica-se que as professoras estão buscando o aprendizado e que é preciso que, desde da formação inicial, possam aprender e debater sobre o ato de avaliar, considerando a necessidade de a avaliação ser formativa e mediadora.