As estruturas elementares da significação na semiótica discursiva

Detalhes bibliográficos
Ano de defesa: 2022
Autor(a) principal: Nardo, Igor Rezende [UNESP]
Orientador(a): Não Informado pela instituição
Banca de defesa: Não Informado pela instituição
Tipo de documento: Dissertação
Tipo de acesso: Acesso aberto
Idioma: por
Instituição de defesa: Universidade Estadual Paulista (Unesp)
Programa de Pós-Graduação: Não Informado pela instituição
Departamento: Não Informado pela instituição
País: Não Informado pela instituição
Palavras-chave em Português:
Link de acesso: http://hdl.handle.net/11449/236316
Resumo: A presente dissertação se dedicou ao estudo linguístico historiográfico do conceito de estrutura elementar da significação produzido pela teoria semiótica de linha francesa. Dessa forma, apoiamo-nos sobre a discussão historiográfica acerca da pesquisa histórica e de alguns aparatos metodológicos desenvolvidos pela historiografia linguística, a qual tivemos contato através de Altman (2004), Koerner (2014), Portela (2018) e Moreira, Santos e Portela (2021). A partir de uma distinção fundamental apresentada por Altman (2004), construímos nosso trabalho como formado inicialmente por uma crônica, ou seja, um levantamento de dados e sua descrição, e, posteriormente o elevamos ao nível próprio da historiografia, com o desenvolvimento de um discurso interpretativo acerca da crônica organizada. Então, a abordagem do corpus se inicia com o texto fundador da disciplina semiótica e do conceito que tomamos por objeto, Sémantique Structurale (GREIMAS, 1966) e segue para o texto que apresentou os primeiros desenvolvimentos no quadro dessa noção, “The interaction of semiotic constraints” (GREIMAS; RASTIER, 1968). Continuamos a descrição com a apresentação da estrutura elementar presente no Dicionário de semiótica (GREIMAS; COURTÉS, 2008 [1979]), os diferentes usos que o quadrado semiótico conheceu ao longo do período greimasiano, as críticas que o modelo neste estágio sofre, e, por fim, a cientificidade que a teoria tem por padrão. Em seguida, efetuamos uma descrição de dois estágios de desenvolvimento da noção de estrutura elementar na semiótica tensiva, o primeiro composto por Zilberberg (1981) e o segundo pela colaboração entre Zilberberg e Fontanille (2001). Encerramos os capítulos descritivos com a apresentação de dois diálogos importantes estabelecidos com a semiótica através das estruturas elementares. A primeira ocasião que trazemos é a da topologização do quadrado semiótico proposta por Jean Petitot (1977) que estabelece uma comunicação entre semiótica e teoria das catástrofes. Posteriormente, apresentamos os esforços de Moretti (2014) em aproximar a semiótica e a geometria oposicional com diversos modelos de maior complexidade do que o quadrado semiótico. Em nossas considerações finais realizamos uma análise aprofundada de questões levantadas ao longo do texto em busca de esclarecer as tensões metodológicas e epistemológicas em torno das estruturas elementares com o conjunto da teoria semiótica e com o ambiente intelectual europeu, bem como especificamos o papel que as estruturas elementares assumem na economia geral da semiótica apontando sua função descritiva e metodológica. Além disso nos posicionamos sobre o que consideramos continuidade ou descontinuidade nos percursos de desenvolvimento descritos anteriormente e, por fim discutimos a questão da influência na produção e desenvolvimento das estruturas elementares da significação.