Análise dos processos de bioconstrução coletiva na formação de identidades territoriais e afirmação da organicidade do Movimento dos Pequenos Agricultores (MPA) na Bahia

Detalhes bibliográficos
Ano de defesa: 2021
Autor(a) principal: Redondo Tirado, Estibaliz
Orientador(a): Não Informado pela instituição
Banca de defesa: Não Informado pela instituição
Tipo de documento: Dissertação
Tipo de acesso: Acesso aberto
Idioma: por
Instituição de defesa: Universidade Estadual Paulista (Unesp)
Programa de Pós-Graduação: Não Informado pela instituição
Departamento: Não Informado pela instituição
País: Não Informado pela instituição
Palavras-chave em Português:
Link de acesso: http://hdl.handle.net/11449/204362
Resumo: Além das técnicas produtivas, as tecnologias sociais camponesas apresentam uma grande variedade de processos importantes para a continuidade da vida nas comunidades rurais. O Plano Camponês, elaborado pelo MPA, adota várias destas tecnologias sociais para a melhoria da qualidade de vida das famílias camponesas. A bioconstrução é uma das áreas onde se reúne grande quantidade de saberes camponeses que não foram avaliados pela academia e que contribuem na autonomia das famílias com respeito ao mercado. Nesta pesquisa, queremos investigar os fatores que contribuem, a partir da bioconstrução, na identidade territorial camponesa das comunidades/assentamentos base do MPA, especialmente, quando a tecnologia social da bioconstrução é feita de maneira coletiva (em mutirão ou mediante oficinas). Nesta perspectiva tem-se a intencionalidade também de perceber quais as características que esta tecnologia social deve ter para que sua proposta aponte um fortalecimento da organicidade dentro dos coletivos MPA, ou seja: verificar qual o papel da bioconstrução tanto no fortalecimento da organicidade e na construção da identidade camponesa dentro do seu território. Queremos investigar, ao mesmo tempo, como ajudar a construir relações igualitárias entre os diversos gêneros envolvidos e o papel deste no empoderamento dos coletivos nas comunidades (mulheres, LGBT, jovens) assim como provocar o resgate das sabedorias populares, a partir das pessoas mais experientes. Por último, queremos avaliar a bioconstrução como tecnologia social agroecológica, que cumpre com os mesmos princípios básicos de organização e trabalho coletivo, autonomia diante o mercado, colocando a vida no centro assim como o aproveitamento dos bens naturais, reciclagem e ciclos vitais. Queremos ao final, responder à seguinte inquietação de pesquisa: Como e em que condições a bioconstrução fortalece a identidade e organicidade que o MPA quer desenvolver? Como procedimento metodológico será realizado a observação participante, várias oficinas temáticas e mutirões de bioconstrução comunitária e, a partir disto, entrevistas semiestruturadas com participantes dos processos, lideranças locais e nacionais.