Detalhes bibliográficos
Ano de defesa: |
2017 |
Autor(a) principal: |
Zoccolotti, Jacqueline de Oliveira [UNESP] |
Orientador(a): |
Não Informado pela instituição |
Banca de defesa: |
Não Informado pela instituição |
Tipo de documento: |
Dissertação
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Tipo de acesso: |
Acesso aberto |
Idioma: |
por |
Instituição de defesa: |
Universidade Estadual Paulista (Unesp)
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Programa de Pós-Graduação: |
Não Informado pela instituição
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Departamento: |
Não Informado pela instituição
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País: |
Não Informado pela instituição
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Palavras-chave em Português: |
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Link de acesso: |
http://hdl.handle.net/11449/150642
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Resumo: |
A desinfecção química associada ao método mecânico tem sido recomendada para a higienização de próteses removíveis parciais ou totais. Levando-se em consideração as desvantagens dos agentes químicos de limpeza utilizados para a desinfecção ou redução do biofilme das próteses, como o manchamento, branqueamento e corrosão das partes metálicas, novos estudos são necessários. Assim, o objetivo deste estudo foi avaliar as propriedades biológicas, físicas e mecânicas de uma resina acrílica para base de próteses após imersão em sabonetes líquidos desinfetantes, nas suas concentrações inibitórias minímas (CIM) para Candida albicans, após diferentes períodos de tempo. Primeiramente, a CIM de cada sabonete foi determinada. Amostras de resina acrílica (Vipi Wave®) foram confeccionadas e divididas em grupos para avaliação da capacidade de formação de biofilme (n=6), citotoxicidade (n=9), rugosidade (n=15), dureza (n=15) e alteração de cor (n=15), após imersão por 0, 7, 14, 21 e 28 dias, nas seguintes soluções: AD: imersão em água destilada a 37°C (grupo controle); SD: ciclos de imersão diária em sabonete Dettol®® a 0,39%, por 8 horas a temperatura ambiente, seguido de imersão em água destilada por 16 horas a 37°C, simulando a desinfecção noturna das próteses; SP: ciclos de imersão diária em sabonete Protex® a 3,12%, conforme descrito para o grupo anterior. SL: ciclos de imersão diária em sabonete Lifebuoy® a 0,78%, conforme descrito para o grupo SD. Além disso, a redução do biofilme de Candida albicans formado sobre a superfície de amostras (n=9) imersas por 8 horas (overnight) nas soluções também foi avaliada. Para análise da capacidade de formação de biofilme, realizaram-se os testes de contagem de unidades formadoras de colônias (UFC) e o alamarBlue® após a fase de adesão e após 24 horas de formação do biofilme. Os resultados foram submetidos ao teste de ANOVA (α = 0,05). Para a fase de adesão, os resultados mostraram que o tipo de sabonete teve um efeito estatisticamente significativo na capacidade da formação do biofilme, mas após 24 horas, tanto para a contagem de UFC quanto para o teste alamarBlue®, nenhuma diferença foi encontrada entre as soluções ou entre os tempos de armazenamento. Para saber a eficácia na redução de biofilme após imersão por 8 horas nas soluções desinfetantes, avaliou-se o remanescente do biofilme de 48 horas também por meio da contagem de UFC. Para a análise estatística, recorreu-se ao teste não paramétrico de Kruskall-Wallis seguido do teste post-hoc de Dunn (α = 0,05). A análise mostrou uma diferença significante (p=0.014) quando os grupos foram comparados entre si. O grupo imerso em sabonete Protex® apresentou uma pequena redução do biofilme em comparação com o grupo controle; já os grupos imersos em sabonete Dettol® e Lifebuoy® eliminaram totalmente o biofilme existente nas superfícies das resinas acrílicas. Os resultados do teste de citotoxicidade foram avaliados qualitativamente (comparação com o grupo controle) e quantitativamente (ANOVA two-way seguido do teste post-hoc de Bonferroni). Na análise qualitativa observou-se que todos os sabonetes foram classificados como não citotóxicos, pois apresentaram inibição menor que 25% em relação ao grupo controle, independentemente do tempo de armazenamento. Os resultados da análise quantitativa demonstraram que não houve diferença quanto à viabilidade celular para os diferentes grupos, mas que, após 21 dias, houve diminuição da viabilidade celular em decorrência do tempo prolongado de imersão, independentemente do tipo de sabonete. ANOVA two-way e teste post-hoc de Bonferroni e LSD foram usados para análise dos resultados dos testes de propriedades mecânicas e física (α=0.05). Nos valores de rugosidade não existiu diferença estatisticamente significante (p>0,05) entre os grupos avaliados. O sabonete Lifebuoy® diminuiu os valores de dureza da resina, independentemente do tempo de armazenamento (p=0,003). Após 21 e 28 dias de armazenamento, houve um aumento dos valores de dureza, independentemente do tipo de sabonete utilizado. Os valores de unidades de NBS (National Bureau of Standards) ficaram entre 0,27 e 0,58 indicando alterações de cor imperceptíveis ou leves para todos os grupos, porém na analise quantitativa o sabonete Lifebuoy® produziu maior efeito na alteração de cor independentemente do tempo de armazenamento, e independente do tipo de sabonete houve um aumento da alteração da cor de acordo com o maior tempo de imersão. Concluiu-se que, de maneira geral, as soluções dos sabonetes desinfetantes não foram capazes de inibir o crescimento do biofilme, porém todos os sabonetes testados foram eficazes na redução do biofilme formado sobre a resina acrilica para bases de próteses. Todos os grupos foram classificados como não citotoxicos e não houve alteração dos valores de rugosidade para nenhum deles. Porém o sabonete Lifebuoy® alterou os valores de dureza e cor da resina acrílica, independente do tempo de armazenamento. |