Detalhes bibliográficos
Ano de defesa: |
2023 |
Autor(a) principal: |
Marteli, Leticia Nardoni |
Orientador(a): |
Não Informado pela instituição |
Banca de defesa: |
Não Informado pela instituição |
Tipo de documento: |
Tese
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Tipo de acesso: |
Acesso aberto |
Idioma: |
por |
Instituição de defesa: |
Universidade Estadual Paulista (Unesp)
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Programa de Pós-Graduação: |
Não Informado pela instituição
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Departamento: |
Não Informado pela instituição
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País: |
Não Informado pela instituição
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Palavras-chave em Português: |
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Link de acesso: |
https://hdl.handle.net/11449/251238
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Resumo: |
O vestuário inclusivo surge da necessidade em experienciar melhor o uso, garantindo que o usuário não seja prejudicado pelas características dos produtos. Entretanto, apesar de ser um segmento com extensa variedade de modelos, ainda evidenciam grande disfuncionalidade de uso, principalmente quanto a vestibilidade (usabilidade no vestir e despir). Considerando o comprometimento motor de algumas populações, como pessoas com doença de Parkinson, essa atividade pode ser difícil de ser realizada e por vezes inconcluída. Desta forma, a presente tese investigou por meio de dois estudos, os momentos pelos quais a roupa influencia nos movimentos necessários para o vestir e despir, com base: i) na percepção de cuidadores e reabilitadores de pessoas com Parkinson em Portugal e, ii) nas dificuldades apresentadas por pessoas com Parkinson pareadas por sexo e idade no Brasil – para discutir sobre as principais características a serem melhoradas e implementadas no design de roupas. Para identificar as dificuldades, foram avaliadas a eficiência, eficácia e satisfação de uma camiseta, camisa, calça jogger. A análise indicou que as pessoas com Parkinson apresentaram menor velocidade de movimento e, consequentemente, maior tempo para vestir e despir as roupas testadas (valores de p ≤ 0.05). Os resultados dos dois estudos mostraram cenários que ilustram as dificuldades para a vestibilidade e os relatos das problemáticas apontaram narrativas de consumo. Em tais narrativas, os usuários que não encontram produtos e dispositivos assistivos que sejam acessíveis e pertencentes a sua cultura, acabam substituindo suas roupas por peças menos complexas, principalmente do segmento esportivo. Quando não substituem, enfrentam dificuldades para a conclusão do vestir e despir e acabam recebendo auxílio de outras pessoas. Essa mudança de estilo acarreta a alteração da aparência e identidade, o que corrobora para a insatisfação do uso. Identificando as demandas para o design de roupas, foi possível a realização de workshops sobre o vestuário inclusivo e a publicação de oito artigos científicos, potencializando a discussão para a melhoria dos produtos. A partir das metodologias utilizadas e sua aplicação interdisciplinar, foi possível discutir as características dos produtos e refletir sobre meios para promover a independência, através da reconfiguração da modelagem. É possível que futuramente as características limitadoras não sejam mais uma problemática recorrente. Estudos futuros podem avaliar modelos inclusivos, analisando a influência da modelagem, tecidos e aviamentos, além de aprofundar sobre as relações simbólicas que tragam satisfação no consumo, para a manutenção da identidade e autoestima dos usuários. |